Investigação

Vice-diretor do FBI pede demissão em meio a críticas de Trump

De acordo com a imprensa norte-americana, Andrew McCabe deve deixar o FBI em março; presidente Donald Trump o criticou por investigações sobre Hillary

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

WASHINGTON - O vice-diretor do FBI, Andrew McCabe, criticado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por suposta parcialidade contra Trump e a favor da candidata democrata da eleição de 2016, Hillary Clinton, pediu demissão como autoridade número 2 da agência, divulgou ontem a imprensa norte-americana.

O anúncio público ainda não foi feito, mas fontes não identificadas falaram a veículos como "New York Times", Reuters e CNN. Segundo as informações, McCabe deve deixar o FBI em março e continuará em licença até sua data de aposentadoria.

Trump usou o Twitter nos últimos meses para criticar McCabe, perguntando como ele pôde estar no comando da investigação sobre Hillary quando sua esposa recebeu doações de “marionetes dos Clinton”.

Perguntado sobre a saída de McCabe, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse a jornalistas: "Posso dizer que o presidente não fez parte desse processo de tomada de decisão". Sanders também afirmou que Trump continua a ter "plena confiança" no diretor do FBI, Christopher Wray.

Investigação sobre Hillary

McCabe se tornou um alvo de parlamentares republicanos e do presidente republicano por conta da investigação do FBI sobre o uso de Hillary de um servidor particular de emails enquanto trabalhava como secretária de Estado. Nenhuma acusação foi feita contra Hillary.

Diversos comitês parlamentares liderados por republicanos realizaram inquéritos sobre se o FBI administrou mal a investigação sobre Hillary e apresentou parcialidade a favor dela. Democratas disseram que estes inquéritos possuem objetivo de prejudicar e distrair a investigação do procurador especial Robert Mueller sobre suposto conluio da campanha presidencial de 2016 de Trump com a Rússia.

McCabe se tornou um alvo de republicanos em parte porque sua esposa concorreu anteriormente a um assento no Senado estadual da Virgínia e recebeu doações do então governador da Virgínia, Terry McAuliffe, um aliado próximo de Hillary e do ex-presidente Bill Clinton.

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