A deputada federal Eliziane Gama (PPS) parece ter conseguido avançar nas negociações para ser o segundo nome na chapa de Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo Senado. As últimas movimentações mostram que a pepessista está mais próxima do governador e ainda do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT).
Eliziane conseguiu ainda estreitar a relação com o colega na Câmara Federal, Weverton Rocha (PDT), que já foi anunciado como o primeiro candidato a senador pelo grupo do comunista.
A prova foi a reunião que Gama teve com Dino, Edivaldo e Weverton neste último fim de semana. Oficialmente, a reunião foi para tratar do apoio do governo e da Prefeitura a um evento evangélico que tem Eliziane à frente.
“Nossa parceria com a Prefeitura de São Luís, através do prefeito Edivaldo Holanda, Governo do Estado, com o governador Flávio Dino e apoio do companheiro Weverton, fará com que este ano tenhamos o maior encontro de retiros do Maranhão. Unidade que deu certo já”, disse a parlamentar em publicação em redes sociais.

A todo vapor
Questionada sobre o andamento das conversas para a indicação dela pra ser candidata a senadora pelo grupo de Flávio Dino, a deputada disse que acredita que ela será a escolhida. “Estar a todo vapor [conversa com Dino e seu grupo sobre a indicação do nome de Eliziane para o Senado]. Eu acredito que ele irá nos indicar para ser o segundo nome da chapa”, afirmou a deputada.
Sobre a reunião com Eliziane Gama, Weverton Rocha disse que tem participado de reuniões com todos os pré-candidatos a senador. Segundo ele, até abril Dino anuncia quem será o segundo nome na chapa. O escolhido, de acordo com Rocha, será o que possibilitará a união do grupo do comunista.
“Estamos conversando com todos os pré-candidatos e auxiliando o grupo do governador a encontrar a melhor solução, sempre buscando a unidade do grupo. O governador tem dito que em meados de abril esse nome deverá ser definido”, disse Rocha.

Outros pretendentes
No grupo de Flávio Dino além de Eliziane Gama tem ainda outros dois pretendentes: os deputados Waldir Maranhão (PP) e Zé Reinaldo Tavares (PSB).
Maranhão deverá fazer um ato político em fevereiro para lançar sua pré-candidatura. O deputado tem buscado espaço no PT para se filiar e assim ganhar mais força para ser o escolhido de Dino.
Apesar de já ter reunidos com os presidentes estadual (Augusto Lobato) e municipal (Honorato Fernandes), as possibilidades de Waldir Maranhão se tornar petista é muito pequena. Mesmo assim, Waldir tem dito a aliados que não vai desistir de sua candidatura ao Senado até mesmo porque foi feito um acordo, em 2016, na época do impeachment da então presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Já Zé Reinaldo Tavares tem o espaço que precisa para tentar viabilizar sua candidatura. Ele, em março, deverá deixar oficialmente o PDB para se filiar ao DEM, partido, cujo presidente estadual, Juscelino Filho, quanto o presidente nacional, Rodrigo Maia, já disseram que apoiam a candidatura de Tavares ao Senado.

Apoio condicionado

Antes de ganhar espaço no governo – o DEM ficou com a presidência do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria do Estado do Maranhão (Fepa) – Juscelino Filho afirmava que o apoio do seu partido ao projeto de reeleição de Flávio Dino passaria pela indicação de Zé Reinaldo para ser o candidato a senador pelo grupo dos comunistas.

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