Carnaval 2018

Exposições exaltam a criatividade e resistência do Carnaval do MA

Mostras estão em cartaz até o dia 28 de fevereiro na Casa de Nhozinho e no Centro de Cultura Popular e falam sobre Fofão e blocos afros respectivamente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Blocos afros expõem no Centro de Cultura Popular
Blocos afros expõem no Centro de Cultura Popular (Akomabu)

SÃO LUÍS - O fofão e os blocos tradicionais são temas de duas exposições que exaltam as festas momescas na capital neste período de Carnaval. “O fofão, o artesão e a folia no Maranhão” é o título da exposição que está em cartaz na Casa de Nhozinho (Praia Grande) com peças do artista Paulo Coelho. Já as indumentárias com cores vibrantes, turbantes que representam a resistência de um povo e instrumentos que dão o tom para passos de uma dança que veio da mãe África, são alguns dos elementos encontrados na exposição “Blocos Afros Maranhenses: Fé e Festa no Carnaval”, em cartaz no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho (Praia Grande). As visitações podem ser feitas até o fim de fevereiro.

O objetivo da mostra “O fofão, o artesão e a folia no Maranhão” é homenagear uma das figuras mais antigas e tradicionais do Carnaval maranhense e valorizar o artesão que ainda trabalha com máscaras de papel machê, além de atrair a atenção do público e de turistas. As peças são do artista Paulo Coelho.

A exposição fica aberta à visitação de terça a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos, das 9h às 13h, até 28 de fevereiro. A mostra reúne, aproximadamente, 50 máscaras em papel machê com estampas coloridas e divertidas deste personagem popular da Folia de Momo. As peças em exposição também estão à venda com preços que variam entre R$ 25,00 a R$ 50,00 reais.

Durante o Carnaval, o Fofão invade as ruas de São Luís, animando a paisagem e alegrando os foliões. Usam máscaras, macacões coloridos e folgados, com guizos (que fazem o barulho tradicional que se ouve quando eles passam pelas ruas). Nas mãos, costumam levar uma boneca e uma varinha. Segundo a tradição, quem pegar nas bonequinhas acaba tendo que pagar algum trocado para não ser perseguido durante a folia.

Paulo André Coelho é artista plástico autodidata, nasceu em 1972, na cidade de Porangatu, Goiás. Veio para o Maranhão em 1989, especificamente para o município de Imperatriz, onde deu início aos seus trabalhos artísticos, dedicando-se primeiramente a modelagem em argila. Nessa região, realizou alguns trabalhos de confecção e montagem de cenários teatrais em parcerias com outros artistas; chegou a participar de exposições coletivas como o Salão de Arte Contemporânea de Imperatriz e feiras de artes, com mostra de suas esculturas.

Em 1996, mudou-se para São Luís onde começou a pesquisar sobre a realidade local até se inserir no Programa de Apoio às Artes Plásticas de iniciativa da UFMA/DAC (Universidade Federal do Maranhão/Departamento de assuntos Culturais) através do qual realizou sua primeira exposição individual “Retratos do Brasil” que deu destaque a figuras nordestinas.

Blocos Afros

“Blocos Afros Maranhenses: Fé e Festa no Carnaval” poderá ser vista até o dia 28 de fevereiro no Centro de Cultura Popular. Estão expostos elementos dos blocos afros Akomabu, Officina Afro, Gdam, Afro Netos de Nanã, Omnirá, Africanidade e Abiyéyé Mayló.

Os blocos afros levantam essencialmente a luta contra o racismo pela valorização da identidade negra. Caracterizam-se não só pelo espetáculo apresentado nas ruas mas também pela promoção de ações educativas e de formação profissional para além da folia.

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