Comércio

Comissão dos EUA decide a favor da Bombardier em disputa com Boeing

Comissão de Comércio Internacional rejeitou argumentos da Boeing de que foi prejudicada pelas vendas do CSeries a preços abaixo do mercado; Embraer reforçou argumento contra empresa canadense

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

ESTADOS UNIDOS - A canadense Bombardier venceu uma disputa comercial contra a norte-americana Boeing, após uma agência dos Estados Unidos rejeitar o pedido de aplicar tarifas maiores sobre as vendas do jato CSeries da canadense para operadoras dos EUA.

As ações da Bombardier subiram 15%, enquanto os papéis da Boeing tiveram ligeira queda.

A Comissão de Comércio Internacional dos EUA rejeitou argumentos da Boeing de que foi prejudicada pelas vendas do CSeries a preços abaixo do mercado nos EUA, e descartou uma recomendação do Departamento de Comércio para cobrar um tarifa de quase 300% sobre as vendas da aeronave com 110 a 130 assento por cinco anos.

Posição da Embraer

A brasileira Embraer, maior rival da Bombardier no mercado de aeronaves de médio porte, reiterou sua posição de que a Bombardier e suas aeronaves CSeries foram fortemente subsidiadas pelo governo canadense. A empresa negocia atualmente uma possível fusão com a Boeing.

"Esses subsídios maciços não só permitiram que a Bombardier sobrevivesse, mas também que a empresa oferecesse suas aeronaves a preços artificialmente baixos, distorcendo todo o mercado global de aeronaves comerciais", disse a Embraer em comunicado.

Esperava-se que a Comissão nos EUA decidisse a favor da Boeing, que acusou a Bombardier de vender os aviões abaixo do custo no mercado norte-americano. A Comissão não deu uma explicação para sua decisão.

Em comunicado, a Bombardier chamou a decisão de uma "vitória para a inovação, a concorrência e o estado de direito", e uma vitória para as companhias aéreas dos EUA e para os passageiros.

A Boeing disse que estava decepcionada que a Comissão não reconheceu "o prejuízo que a Boeing sofreu com os bilhões de dólares em subsídios ilegais do governo que o Departamento de Comércio descobriu que a Bombardier recebeu e usou para lançar aeronaves no mercado de aeronaves de corredor único dos EUA".

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