As últimas semanas foram de muita luta para os pais de estudantes e professores da Unidade Integrada José Giorcelli Costa, na Madre Deus, para que a escola continuasse funcionando no prédio onde está há mais de 50 anos. Nesta sexta-feira, 26, a luta valeu a pena e o Governo do Estado cedeu.

O governo, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), havia informado que a escola seria fechada e as aulas daquela unidade de ensino, transferidas para o prédio de outra escola naquele mesmo bairro.

O anúncio deixou professores e pais de estudantes chateados, já que aquele é um centro de ensino tradicional do bairro, pela qual muitas gerações passaram por ali e fica mais próximo dos moradores.

Na manhã de sexta-feira, 26, por meio da professora Lúcia Tereza Souza Corrêa, de 53 anos, e porta-voz da escola, a direção informou que as aulas permanecerão naquele mesmo prédio, após uma reunião entre pais, professores e Seduc realizada na última quinta-feira, 25.

“Na quinta-feira, o secretário de Educação [Felipe Camarão] visitou nossa escola, teve uma reunião com a equipe de professores e pais e acabou cedendo e permitindo que as aulas continuassem aqui na nossa escola. Valeu a pena termos lutado para continuarmos no prédio”, afirmou a professora.

Lúcia Corrêa disse ainda do sentimento de terem a liberação para continuar naquele prédio. “Todos estamos muito felizes pela permissão de continuarmos ministrando nossas aulas aqui. Eu sou filha do bairro e, por mais que eu não tenha estudado aqui, sempre estive nessa escola. Não poderíamos deixar nossas raízes”, concluiu.

O Estado entrou em contato com a Seduc para saber os motivos pelos quais o Governo do Maranhão pretendia fechar aquela escola e se somente a apelação de pais e professores foi o suficiente para que eles mudassem de ideia. Veja a resposta:

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclarece que realizaria o remanejamento da Unidade Integrada Giorcelle Costa para outro prédio, uma vez que o imóvel onde há muitos anos funciona a escola é de propriedade do Sistema Fiema, que solicitou a devolução deste.

Após constantes tratativas feitas com a direção da Federação, a Seduc informa que foi possível garantir a permanência da comunidade escolar no referido prédio, durante o ano letivo de 2018.
Enquanto isso, a Secretaria, juntamente com a comunidade, continuará o diálogo em busca de soluções para o remanejamento efetivo de alunos e professores.

Por fim, a Secretaria destaca que em nenhum momento cogitou o fechamento da escola.

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