Nos últimos dias, as fortes chuvas que caíram em São Luís trouxeram e ainda trazem preocupações, principalmente para aqueles que, no momento do temporal, estão ao ar livre e em ambientes abertos, como, por exemplo, nas praias, onde os casos de quedas de raios e ventos fortes são mais perigosos.

Nos meses de janeiro e fevereiro, quando chove com mais intensidade em toda a Ilha, os acidentes ocorrem com mais constância, conforme revela a major Priscila Chahyni, do Batalhão de Bombeiros Marítimos (BBMar). Ela frisou que os banhistas devem ficar atentos às chuvas. “É importante que os banhistas saiam da água assim que começar a fechar o tempo, porque os acidentes acontecem também quando o céu apresenta apenas nuvens carregadas”, destacou.

Como meio de proteção, no momento da chuva o mais indicado é que o banhista se abrigue nos restaurantes com proteção de palha. “O banhista não deve ficar em barracas de plástico, porque são inseguras, principalmente por causa do material usado em sua fabricação”, complementou a major Priscila Chahyni. Segundo ela, a queda do raio na praia pode prejudicar quem estiver a metros de distância.

E os cuidados não devem ser tomados apenas pelos banhistas. Os pescadores que já estiverem ou pretendem ir para o alto-mar devem ter o cuidado redobrado. A major explicou que pescadores que desejarem entrar no mar devem ficar atentos ao clima e, se possível, às indicações meteorológicas.

Caso isso não aconteça, os riscos de acidentes no momento da navegação são possíveis. Aqueles que já estiverem em alto-mar devem avisar imediatamente a Marinha, por meio de rádio-transmissor a sua localização, a distância da terra firme e a situação do clima onde se encontra e a do barco em que navega.

SAIBA MAIS

Como se proteger dos raios

Em casa
Não tome banho durante as tempestades.
Não use chuveiro ou torneira elétrica.
Evite contato com qualquer objeto que possua estrutura metálica, tais como fogões, geladeiras, torneiras, canos, etc.
Evite ligar aparelhos e motores elétricos, para não queimar os equipamentos.
Afaste-se das tomadas e evite usar o telefone.
Desconecte das tomadas os aparelhos e eletrônicos tais como televisão, som, computadores, etc.
Permaneça dentro de sua casa até a tempestade terminar.
Desligue os fios de antenas dos aparelhos.

Fora de casa
Evite contato com cercas de arame, grades, tubos metálicos, linhas telefônicas, de energia elétrica e qualquer objeto ou estrutura metálica.

Afaste-se dos seguintes locais:
Tratores e outras máquinas agrícolas;
Motocicletas, bicicletas e carroças;
Campos abertos pastos, campos de futebol, piscina, lagos, lagoas, praias, árvores isoladas, postes, mastros e locais elevados;
Permaneça dentro de seu veículo, caso o mesmo tenha teto de estrutura metálica.

Cuidado com cercas
As cercas conduzem o raio.
Elas podem ser isoladas das edificações e aterradas nesses pontos.
Em locais de circulação de pessoas e animais as cercas devem ser seccionadas e aterradas em intervalos regulares.
Essas recomendações aplicam-se também a varais longos e/ou que estejam em contato com edificações.
O aterramento sempre deverá ser feito utilizando-se hastes próprias para o mesmo.

Mitos e Verdades
A sabedoria popular, nem sempre tão sábia, criou uma série de noções falsas que podem levar à tragédia:
Lenda: Se não está chovendo, não caem raios.
Verdade: Os raios podem chegar ao solo a até 15 km de distância do local da chuva.
Lenda: Sapatos com sola de borracha ou os pneus do automóvel evitam que uma pessoa seja atingida por um raio.
Verdade: Solas de borracha ou pneus não protegem contra os raios.
No entanto, a carroceria metálica do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior; sem tocar em partes metálicas.
Mesmo que um raio atinja o carro, é sempre mais seguro dentro do que fora dele.

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