eleições 2018

PT lança nota e garante candidatura de Lula em 2018

Condenação também foi comentada por Rodrigo Maia e pelo ministro Marco Aurélio Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Gleisi Hoffmann assinou nota oficial divulgada pelo PT após condenação
Gleisi Hoffmann assinou nota oficial divulgada pelo PT após condenação (gleisi)

São Paulo

Após decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de manter a condenação do ex-presidente Lula, o PT divulgou uma nota, na qual classificou o julgamento como uma "farsa judicial".
A nota é assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR) e foi divulgada logo após os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidirem, por unanimidade, aumentar a pena imposta a Lula pelo juiz Sérgio Moro, da 1ª instância.
Na mesma nota, o PT informou que registrará em 15 de agosto a candidatura de Lula à Presidência da República.

Comentários
O presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), divulgou nota comentando a decisão do TRF-4. Maia, que é presidente da Câmara dos Deputados, ficará à frente do Palácio do Planalto enquanto o presidente Michel Temer faz viagem oficial ao exterior, disse que momento não deve ser celebrado.
“Construí minha carreira combatendo, no campo da política, as teses defendidas pelo ex-presidente Lula e pelo PT. Ainda assim, quem tem responsabilidade pública, em qualquer nação, não pode estar celebrando o dia de hoje”, diz a nota.
Em outro trecho da nota, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que, na política, o melhor espaço para confronto de ideias é a eleição. Ele citou, no entanto, que a decisão judicial deve ser respeitada.
"Na política, o melhor foro de enfrentamento de teses diferentes é a campanha eleitoral. Nela, o veredito é dado pelas urnas. Mas a campanha não começou, e quem se pronunciou hoje foi o Poder Judiciário. É necessário ouvi-lo e respeitá-lo", escreveu Maia.
Ele disse ainda que a decisão do TRF-4 mostra o Brasil como uma "democracia madura" e de "instituições funcionando plenamente.
Já o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que uma eventual prisão do ex-presidente Lula incendiaria o Brasil. "Eu duvido que o façam, porque não é a ordem jurídica constitucional. E, em segundo lugar, no pico de uma crise, um ato deste poderá incendiar o país", afirmou o ministro logo após a manutenção da condenação de Lula.
Caso Lula seja preso, explica Marco Aurélio, se estaria acionando a nova jurisprudência do STF sobre a possibilidade de execução de pena após condenação em segundo grau. O ministro, no entanto, defende a revisão do entendimento. "Se não for preso é porque essa jurisprudência realmente não encontra base na Constituição Federal, e tem que ser revista", disse.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.