Nos últimos dois anos 128.628 se imunizaram contra febre amarela em São Luís. Este ano, o movimento tende a ser maior, já que boa parte da população está procurando as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para administrar a vacina, por causa das recentes notícias de áreas de risco e possíveis surtos no Brasil.

Segundo a Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Luís, a capital não está, há pouco mais de duas décadas, entre as regiões de risco de contaminação da febre amarela.

Muitos moradores estão ficando assustados com mortes sendo confirmadas em outros estados, a exemplo de São Paulo, onde o setor de controle de doenças da Secretaria de Saúde do Estado confirmou na terça-feira, 16, que 11 mortes por febre amarela foram registradas no estado entre os dias 2 e 16 de janeiro de 2018.

Assim, a população da capital tem procurado com certa preocupação as UBS, a fim de conseguirem ser vacinados contra a febre amarela. É o caso da domestica Rosete Fonseca, de 39 anos, que procurou uma unidade de saúde no São Francisco na sexta-feira, 19.

“Eu vim fazer umas consultas e aproveitei para me vacinar logo contra a febre amarela. Estamos assistindo televisão e o negócio está sério em outros estados. Vou logo me vacinar porque se chegar aqui eu já estou imunizada”, relatou.

Outra a se vacinar preventivamente, porque costuma viajar para outros estados, foi a estudantes Fabiana da Silva, de 30 anos. “Eu sempre viajo com minha filha para outros estados, principalmente para São Paulo para visitar minha mãe. Por isso tenho que me prevenir pra não enfrentar esse tipo de problemas”, disse.

A mãe de Fabiana da Silva, Itamara Miranda, é moradora do estado de São Paulo e também aproveitou a oportunidade para administrar a vacina. “Estou voltando em breve para Santos e lá eles estão disponibilizando apenas a vacina fracionada. Aproveitei logo para me vacinar aqui e evitar a burocracia que vai ser lá”, concluiu.

SAIBA MAIS

Quem pode se vacinar

As pessoas com 5 a 59 anos, que já tomaram pelo menos uma dose da vacina anteriormente já estão imunizadas e não precisam se vacinar. Já quem nunca foi vacinado anteriormente precisa administrar uma dose.

Já as pessoas que tem 60 anos, ou mais, que já receberam pelo menos uma dose da vacina durante a vida, já podem ser consideradas imunizadas. Entretanto, os que nunca tomaram só poderão receber a dose da vacina apenas após avaliação médica e se residirem em área de risco ou forem viajar para essas áreas.

Para as gestantes, a vacina é contraindicada. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para áreas de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da avaliação.

Já as mulheres que amamentam crianças com a até 6 meses de idade não vacinadas deverão ser vacinadas somente se residirem ou forem se deslocar para áreas com transmissão ativa da doença. Devem, ainda, suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação.

Para aqueles que vão viajar para as áreas de risco, devem administrar uma dose com em pelo menos 10 dias antes da viagem, respeitando as precauções e contraindicações da vacina.

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