Sem oportunidades

Maranhão perdeu mais de 1,8 mil postos de trabalho em 2017

Levantamento sobre situação de todos os estados foi realizado pelo portal Trabalho Hoje, a pedido do jornal Correio Braziliense e publicado ontem

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Flávio Dino é governador do estado do Maranhão.
Flávio Dino é governador do estado do Maranhão. (Flávio Dino é governador)

SÃO LUÍS - Na contramão da retomada da economia em 2017, o estado do Maranhão encerrou o último ano com um saldo negativo de mais de 1,8 mil postos de trabalho fechados.

É o que aponta levantamento nacional feito pelo portal Trabalho Hoje, a pedido do jornal Correio Braziliense e publicado ontem.

O relatório analisou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que contabiliza empregos com carteira assinada em todo o país.

Ao todo, o Maranhão perdeu - de janeiro a novembro de 2017 -, 1.838 postos de emprego. O panorama é exatamente o inverso do cenário positivo alcançado por outros 17 estados, que conseguiram ampliar as oportunidades de trabalho nos últimos 11 meses.

O resultado foi criticado pelo deputado federal Hildo Rocha (MDB), que responsabilizou a administração de políticas públicas e fiscal implantada pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Para Rocha, o projeto de Dino para o estado, fracassou.

De acordo com o relatório do portal Trabalho Hoje, Maranhão foi o sexto estado da federação a perder postos de trabalho no país.

Só não apresentou resultado pior do que os estados do Rio de Janeiro [-84.676]; Alagoas [-7.052]; Pernambuco [-4.753]; Pará [-4.621] e Paraíba [-1.941].

Por outro lado, outros 17 estados apresentaram resultados positivos e elevação de postos de trabalho ao longo de 2017, junto à retomada da economia.

São Paulo, por exemplo, conseguiu criar mais de 92.357 vagas de emprego. Minas Gerais apresentou mais 51.884 postos de trabalho e Santa Catarina criou outros 59.058 empregos novos.

Estados como Tocantins, Amazonas, Rondônia, Rio Grande do Norte, Roraima, Piauí, Bahia e Goiás, também conseguiram apresentar saldo positivo.

Relatórios – A redução de postos de trabalho e o aumento do desemprego no Maranhão já haviam sido atestados por outros levantamentos.

Em 2016 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou o resultado da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicilio (PNAD), que apontou o Maranhão com o estado de menor percentual de pessoas empregadas no setor privado.

O relatório do PNAD também apontou o Maranhão como o estado de menor renda ofertada por trabalhador de carteira assinada.

Em 2017 o PNAD também apontou São Luís como a capital de maior índice de desemprego no país.

Na ocasião, os dados provocaram discussões na Assembleia Legislativa entre a oposição e a base governista.

Hildo Rocha aponta fracasso da gestão de Flávio Dino

O deputado federal Hildo Rocha (MDB) abordou o levantamento do portal Trabalho Hoje, publicado ontem pelo Correio Braziliense, e criticou o governador Flávio Dino (PCdoB) por causa do desempenho negativo do Maranhão.

Para o parlamentar, a queda no número de postos de trabalho tem relação direta com a falta de investimento do Executivo Estadual em políticas públicas e com o não incentivo à economia.

“O governo Flávio Dino fracassou em todas as áreas das políticas públicas. Os números comprovam a sua incompetência e arrogância ao não assumir os inúmeros erros e buscar corrigi-los”, disse.

De acordo com o emedebista, o levantamento do Trabalho Hoje é um retrato da falta de oportunidades no Maranhão.

“Hoje [ontem] foi divulgado um estudo do a pedido do Correio Braziliense com base nos dados do Caged 2017, que comprova que a geração de empregos no Maranhão foi negativa nos últimos três anos. Isso é resultado da excessiva cobrança de impostos pelo governo Flávio Dino”, completou.

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