Editorial

Longe do mosquito

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Nunca é demais lembrar que com a chegada do período chuvoso o perigo de doenças como a dengue, zika e febre chikungunya é muito maior, porque o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz em água parada, principalmente água limpa. Então, evitar que a água da chuva se acumule é essencial para coibir a reprodução do mosquito e proliferação das doenças.

Uma recomendação básica é não deixar garrafas vazias expostas às intempéries. Vasos e depósitos vazios devem ficar virados, de maneira a não acumular água. O lixo deve ser bem acondicionado e deixado na porta de casa nos dias e horários de coleta e não descartados em locais de acúmulo, onde também terminam servindo de base para água empossada e viveiro de mosquitos, além de outros insetos e animais peçonhentos.

Pneus velhos devem ser entregues em ecopontos, para descarte correto. Piscinas, sem uso, e caixas d’água, cisternas, e outros tipos de reservatórios, devem ser cobertos. Calhas devem ser mantidas limpas, assim como marquises e rebaixos de banheiros, não permitindo o acúmulo de água. É importante jogar desinfetante em ralos externos e internos que têm pouco uso.

Os cuidados devem ser diários e a população deve ficar atenta para impedir que sejam criados focos do mosquito em suas casas. Todo cuidado é pouco. No jardim, quintal, dentro e fora de casa, qualquer detalhe é importante para manter a saúde.

São Luís é uma das cidades que ainda se mantém em estado de alerta para as doenças causadas pelo Aedes aegypti. Em 2017 foram registrados 6.279 casos de febre chikungunya, 6.821 de dengue e 4574 casos de zika em todo o estado. Os números podem parecer altos, mas são a metade dos registrados no ano anterior. O que mostra que o Maranhão vem lutando contra o mosquito e obtendo êxito aos poucos.

Na capital maranhense a queda no número de casos é de 80%, sobretudo por causa das ações preventivas que o poder público vem empreendendo, com o trabalho educativo junto à população, como distribuição de folderes, visitação domiciliar de agentes de controle de endemias, coleta de pneus e recolhimento de bagulho volumoso em domicílios.

Somente no ano passado a Prefeitura recolheu mais de 85 mil pneus. Itens considerados inservíveis e coletados em oficinas mecânicas, borracharias e ferros-velhos na capital. A coleta foi realizada em mais de 920 estabelecimentos, ao longo do ano, é diária, e todo o montante recolhido é destinado à reciclagem. O recolhimento de pneus inservíveis para o reaproveitamento contribui para a preservação do meio ambiente e para a melhoria da saúde pública.

O papel da população, em casa, na escola ou no trabalho, e indispensável para coibir a proliferação do Aedes aegypti. Com atenção aos cuidados básicos, o mosquito não terá onde se reproduzir e os focos serão debelados. Se cada um fizer a sua parte, as doenças não terão espaço neste período de chuvas.

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