Aprendizagem profissional

Absorção de jovens aprendizes é baixa no mercado do Maranhão

De acordo com levantamento realizado pelo Ministério do Trabalho, o estado tem potencial para contratar 10.731 jovens, mas o número de admitidos não passou de 2.703, no período de janeiro a novembro do ano passado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Dos 369.676 jovens contratados no país por meio da Aprendizagem Profissional, no período de janeiro a novembro de 2017, o mercado de trabalho maranhense absorveu somente 2.703, o que representa 0,7% do total. Os dados preliminares do ano passado foram divulgados ontem, pelo Ministério do Trabalho.
Outro aspecto observado no levantamento do Ministério do Trabalho é que o Maranhão tem potencial quatro vezes maior em relação ao número de contratados, tomando por base que a legislação prevê que todas as empresas de médio e grande porte devem manter em seus quadros de funcionários jovens de 14 a 24 anos, na modalidade Aprendiz, com cotas que variam de 5% a 15% por estabelecimento.
Conforme esses percentuais de cota, o estado tem potencial para contratar 10.731 jovens aprendizes, mas somente 25,19% foram admitidos, que são os 2.703 registrados no levantamento do Ministério do Trabalho.
Em todo o país, o estado que mais contratou foi São Paulo, com 102.300 admitidos, seguido de Mi­nas Gerais, com 39.139, e Rio de Janeiro, com 33.453. No total, o Brasil já registra a contratação de mais de 3,2 milhões de aprendizes desde 2005, quando a lei que prevê essa modalidade de contratação entrou em vigor.
Segundo o diretor de Políticas de Empregabilidade do Ministério do Trabalho, Higino Brito Vieira, o balanço prévio mantém o ritmo de contratação dos anos anteriores, a exemplo de 2016, que fechou com 386 mil admissões. “O Brasil vem tendo um aumento na Aprendizagem Profissional desde a sua criação, mas os números poderiam ser melhores. O potencial de contratações é quase três vezes maior do que o que foi contratado (939.731), mas ainda é um desafio convencer os empregadores de que pode ser vantajoso para as empresas”, explica Higino Brito Vieira.

Setores e ocupações
Entre os setores que mais contrataram aprendizes em 2017 estão: Comércio, com 93.469 admissões, e Indústria de Transformação, com 92.248. Já sobre as ocupações, as vagas de auxiliar de escritório (147.747) e assistente administrativo (67.341) estão nas primeiras posições no ranking e, juntas, somam a fatia de quase 60% das admissões.
Do total de aprendizes contratados em 2017, mais de 52% são do sexo masculino (194.983), contra 47,26% do sexo feminino (174.693).
“O programa de aprendizagem é uma oportunidade para que os jovens alcancem mais oportunidades no futuro profissional, além de auxiliar no combate à precarização do trabalho infantil. É importante destacar que a modalidade é diferente do estágio e implica garantias trabalhistas para o contratado”, conclui o diretor Higino Brito Filho.

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