Jovens embaixadores

Jovens embaixadores se preparam para intercâmbio nos EUA

Os participantes desta edição de intercâmbio foram selecionados no ano passado em escolas de todo o país e embarcam sexta-feira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Grupos de estudantes prontos para iniciar intercâmbio
Grupos de estudantes prontos para iniciar intercâmbio

Brasília

Cinquenta alunos do ensino médio da rede pública de todos os estados do país se preparam para participar de um programa de intercâmbio com três semanas de duração nos Estados Unidos. Os estudantes foram selecionados pelo programa Jovens Embaixadores, coordenado pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil em parceria com o Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Educação (Consed). O objetivo do programa é levar alunos carentes que se destacam em suas comunidades para vivenciar experiência sociocultural e acadêmica no país norte-americano.
Os participantes desta edição foram selecionados ao longo do ano passado e embarcam para Washington sexta-feira. Mas o intercâmbio já começou na capital brasileira. Os jovens chegaram ontem pela manhã a Brasília, onde terão um encontro na embaixada e participarão, ao longo da semana, de workshops com orientações sobre visto e outras informações sobre a viagem antes do embarque. Eles também farão um tour por alguns pontos turísticos de Brasília.
Os alunos ficam nos Estados Unidos até o dia 4 de fevereiro e visitarão os principais monumentos e instituições da capital, participarão de oficinas de liderança e protagonismo juvenil, além de conhecer projetos sociais, participar da distribuição de donativos e apresentar um pouco da cultura brasileira para estudantes de escolas públicas americanas.

Interação e aprendizado
Um dos selecionados é João Gabriel Lenza, de 16 anos, aluno do Centro Educacional 2, do Guará (DF). O jovem foi indicado por sua professora de inglês e tem sido muito incentivado por seus familiares e amigos, que até fizeram festa para comemorar sua seleção.
“Eu me inscrevi [no programa] porque eu gosto muito de interagir com culturas estrangeiras, gosto de promover a interação social, promover a união dos povos e também por causa da minha fluência em inglês, isso me ajudou muito”, conta o estudante.
João Gabriel passou com facilidade nas provas e acredita que o intercâmbio vai ser uma experiência de muita aprendizagem e que pode ajudar na escolha de sua profissão. Ele está em dúvida entre a carreira de direito e a diplomacia e, antes mesmo do embarque, já está tirando proveito da oportunidade.
“Eu espero muito aprendizado, muitos novos amigos, já estou fazendo agora, sabe, e espero adquirir muito conhecimento e muitas oportunidades para minha vida também.”, completa o estudante.
Myriam Suelen da Silva Wanderley, de 17 anos, também está muito motivada e cheia de planos com o intercâmbio. Myriam é estudante da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Ana Teles, em Benevides, no Pará, e será a primeira vez que viajará para outro país.
“O meu interesse em me inscrever no programa foi para adquirir uma experiência internacional, na qual eu pudesse aprender sobre a cultura americana e através desse aprendizado eu pudesse aprender sobre voluntariado e liderança”, conta.
Myriam faz parte de um coletivo de jovens ativistas que realizam ações e atividades de conscientização sobre o meio ambiente. Ela também é diretora de meio ambiente do grêmio estudantil de sua escola e espera que a experiência nos Estados Unidos possa dar mais ferramentas para continuar seu trabalho na região da grande Belém, no Pará.
“O meu maior objetivo é pegar todo esse aprendizado que eu vou receber e compartilhar com a galera da minha comunidade. Fazer com que eles se inspirem em mim e que eles abram os olhos para verem que há oportunidades para os jovens alcançarem seus sonhos e aprenderem mais para mudar sua comunidade”, afirmou Myriam.
Segundo a coordenação do programa, muitos estudantes que já passaram pelo programa conquistaram bolsas de estudo em universidades dos EUA e emprego em multinacionais ou no governo e desenvolveram projetos sociais em suas comunidades.
“Eles voltam renovadíssimos, cheios de ideias, de vontade de fazer a diferença. E o que a gente quer é isso, jovens protagonistas que busquem melhorar as comunidades e o Brasil também”, declarou Márcia Mizuno.

Jovens Embaixadores
Para ingressar no programa, o estudante deve ter entre 15 e 18 anos na data da viagem, ter boa fluência oral e escrita em inglês, ser aluno do ensino médio na rede pública, ser de família de baixa renda, apresentar excelente desempenho escolar, além de ter perfil de liderança, iniciativa e boa desenvoltura oral. O programa também reconhece os alunos que estejam engajados por pelo menos um ano em atividades de voluntariado ou responsabilidade social.
“O programa Jovens Embaixadores visa dar para alunos da rede pública com boas notas, com perfil de excelência, que são voluntários em suas comunidades, uma oportunidade de ver como acontece isso tudo nos Estados Unidos e trazer algumas experiências positivas para o Brasil e ir aproximando os dois países, fortalecendo as duas nações”, explica Márcia Mizuno, coordenadora do programa.

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