Artigo

Aos colegas Engenheiros Agrônomos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Graças às maravilhas das tecnologias atuais, as redes sociais, notadamente o WhatsApp, conseguimos localizar e conectar os colegas da turma de Engenharia Agronômica que coloram grau em julho de 1981. Em princípio tímidos, grande parte dos colegas, que nunca mais se viram, e com o passar de 36 anos, não tínhamos notícias uns dos outros, aos poucos foram se agregando. Com a criação do grupo do WhatsApp, começamos a interagir. Coisa boa, reviver o tempo em todos tinham apelido, sem ser ofensivo, ou bullying, essa coisa moderna. Não existia o "politicamente correto", essa praga que infesta as nossas lavouras de inteligência. De repetente, estávamos falando com Cupim, Besouro, Padre, Esquesito, Bulão, Pirão, Prego, Gorgulho, Francês, como eram chamados alguns colegas. Todos dando risadas daqueles tempos inocentes.

Um dos pontos de intersecção para o sucesso do encontro, foi Afonso Celso Sereno, mesmo morando em Presidente Dutra, sempre que vinha à Ilha, entrava em contato com os colegas e postavam fotos com cada um.

Que alegria, quanta emoção, recordar um passado distante e ainda vivo em nossas mentes e corações, que fez aflorar em nós o desejos de nos reunir. Logo, estávamos a postar fotos antigas e amareladas pelo tempo, um resgate de momentos únicos e memoráveis. Fotografias de nossa viagem de navio da Enasa, pelo rio Amazonas, visita a Suframa, final de curso, organizada pelo saudoso professor Kalil Mohana.

Fotos dos trotes, das farras, dos botecos da Maiobinha, do escasso ônibus que fazia linha até a antiga "FESM", da formatura no Costa Rodrigues e da festa no Lítero.

Agora, grande parte dos colegas em vez de falar de plantio, adubação, irrigação, curva de nível, colheita, equipamentos e maquinários agrícolas, coisas típicas de nossa formação, estávamos a falar de bulas de remédios, receitas caseiras, chás, tratamentos alternativos, exames, taxas de colesterol e triglicérides, coisas típicas da idade, de quem já acumulou seis décadas de vida, ou próximo a essa idade.

Com o brilho nos olhos de meninas e meninos sedentos de conhecimentos, partimos para organizar um grande encontro, que se realizará nos próximos dias 12 e 13 de janeiro, com uma extensa programação, que inclui descerramento de placas comemorativas, plantio de mudas de pau brasil (caesalpinia echianata), que dará início a um bosque nas proximidades da Escola de Agronomia no Campus Universitário da UEMA, coquetel, culto ecumênico de gratidão pela vida e pelo nosso reencontro, aula da saudade proferida por nossos eternos, queridos e respeitados mestres, além de um jantar de confraternização em uma casa de eventos.

Como muitos dos nossos colegas moram fora de São Luís, alguns no interior do estado e muitos em outros estados, logo, manifestaram o desejo de se deslocar até à Ilha do Amor para participarem do Encontro. Sejam todos bem vindos.

Foi no Curso de Agronomia, no Campus da UEMA, no vai e vem do antigo bondinho que mantive os primeiros contatos com uma colega de turma, a mais bela, que viria a ser minha esposa, mãe dos meus dois filhos, Rodrigo e Frederico, e lá se vão 34 anos, de um aprendizado diário na difícil arte do bem viver. Obrigado, Heloísa Helena por construirmos uma vida a dois, que nasceu nos gostosos e saudosos tempos da faculdade.

Parabéns à comissão organizadora, Álvaro Rodrigues, Fatima Pereira, e Margareth Castelo Branco , pelo dinamismo, organização, habilidade, e dedicação em levar à frente o projeto do encontro; um agradecimento especial à professora e Eng. Agronomia Ana Maria.Silva de Araújo, Diretora do Curso de Agronomia por contribuir por viabilizar nosso sonho.

Dedico essa crônica aos colegas Ivan Reis de C. Silva, e Maria da Paz S.Sousa, que partiram muito cedo, no apogeu de suas vidas, deixando uma imensa saudade.

Esse reencontro pra mim, foi mais do que um encontro, foi uma viagem que atravessou o tempo e as emoções.

Muito obrigado a todos e a todas por esse resgate.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

Engenheiro agrônomo e palestrante

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