Sanção moral

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Quem resolveu ler as 65 promessas de campanha do governador Flávio Dino (PCdoB) registradas no TRE, em 2014 - e o dados estão disponíveis ao público por meio do aplicativo DivulgaCand - percebe logo de cara que o comunista decidiu gerar provas contra si mesmo.
Ao revelar, com destaque em vermelho, que foi o relator da lei que obrigou o registro dos planos de governo na Justiça Eleitoral, Dino assinou uma espécie de autossentença de morte moral.
No enunciado de seu Plano de Governo, o comunista faz questão de declarar-se orgulhoso pela relatoria da lei por ser ela “um instrumento de aprimoramento da gestão pública”. É difícil imaginar que Flávio Dino pudesse imaginar ser pego em suas próprias redes apenas três anos depois de assumir o governo.
Ao fazer coro a um levantamento do portal G1, que mostrou ter ele conseguido cumprir apenas 22 das 65 promessas registradas - e ainda por cima ter tentado faturar com isso, manipulando a informação -, o comunista mostrou que o seu “instrumento de aprimoramento da gestão” não serviu para si próprio.
Felizmente, para Flávio Dino, a lei que ele relatou não prevê sanções legais a quem descumprir as promessas do plano de governo. Mas, como analisam juristas e interpretadores das leis, o registro do plano, com seu eventual descumprimento, é uma espécie “sanção moral”.
E para quem se põe acima do bem e do mal, se vende como o melhor e mais preparado dos mortais, como Flávio Dino, essa sanção moral deve doer na alma.

Falta explicar
Independentemente do uso indevido ou da manipulação do governo comunista do Maranhão, ficou um quê de dúvida em relação ao levantamento do Portal G1.
O site não explicou quais critérios usou para ter como base apenas 37 e não a totalidade das 65 promessas de Dino em 2014.
Foi exatamente essa diferença que deu subsídio para o comunista se vangloriar nas redes sociais.

Outros nomes
Bastidores do Palácio dos Leões apontam que o governador Flávio Dino pode tomar rumo totalmente diferente na montagem de sua chapa de candidatos a senador.
Ele estaria propenso a não escolher nem José Reinaldo Tavares (sem partido), muito menos Waldir Maranhão (Avante) ou Eliziane Gama (PPS).
Os nomes cogitados nas ante-salas dos Leões são os do deputado Bira do Pindaré (PSB) e do secretário Felipe Camarão.

Para 2020
A escolha de Flávio Dino para a segunda vaga de senador atende a dois propósitos correlacionados.
Primeiro, ele não quer impor um nome que ofusque o projeto de Weverton Rocha (PDT), seu principal candidato, pois teme que só consiga eleger um dos dois senadores.
Segundo, quer aproveitar a vitrine da disputa senatorial para preparar um nome à sucessão do prefeito Edivaldo Júnior em São Luís.

Juventude
A coluna informou esta semana que o ex-deputado Marcelo Tavares foi o mais jovem parlamentar a assumir o comando da Assembleia Legislativa, aos 37 anos, em 2009.
Na verdade, o mais jovem deputado a ser presidente da Assembleia foi Ricardo Murad, que elegeu-se com 27 anos para o comando da Casa.
Esta semana, assumiu a presidência o deputado Othelino Neto (PCdoB), de 41 anos, o terceiro mais jovem na lista.

Nas redes
A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) passou a ser tema de centenas de grupos de aplicativos de troca de mensagens em São Luís e no interior.
Os maiores, com foco também em São Luís, agrupam desde parlamentares e jornalistas até empresários, lideranças comunitárias e populares que apostam no projeto eleitoral dela.
Mas há dezenas de outros, menores, com gente de diversos municípios, fazendo trabalhos diários em nome do projeto eleitoral da emedebista.

Samba atravessado
O “enredo” não é novidade. Mais uma vez, as escolas de samba de São Luís vivem o drama da falta de recursos para viabilizar a confecção de fantasias e alegorias para o Carnaval.
Dependentes da verba oficial, as escolas criticaram a demora no repasse e anunciaram ausência coletiva na Passarela do Samba este ano.
As escolas receberiam R$ 60 mil, divididos em duas parcelas, mas a verba seria repassada somente este mês, o que, segundo diretores das agremiações, inviabilizou o trabalho nos barracões em tempo hábil.

DE OLHO
6,4 mil unidades é o total de habitações entregues em três anos pelo governo Flávio Dino, que prometeu 200 mil unidades em suas promessas de campanha de 2014.

E MAIS

• O deputado Max Barros externou pesar pela morte do ex-deputado e ex-prefeito de Coroatá, Simeão Rios Serra Pinto, ocorrido ontem, 4, em São Luís.

• Os ex-deputados Ricardo Murad, Joaquim Haickel e Sebastião Madeira participaram de almoço, esta semana, em que o prato principal foram as eleições de outubro.

• Diante de convites de várias lideranças, o presidente da Câmara Municipal, Astro de Ogum, ainda não decidiu se vai ou não disputar as eleições de outubro.

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