Fraude eleitoral

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

O governador Flávio Dino (PCdoB) e seus aliados na imprensa passaram por um constrangimento desnecessário ao fazer publicidade de algo que não condiz com a realidade do seu governo. Ao afirmar em suas redes sociais que o Portal G1 havia garantido ter ele cumprido 92% das promessas de campanha, o que não é verdade, Dino abriu a guarda para questionamentos de toda sorte.
E o que estava dormindo nos arquivos da Justiça Eleitoral acabou vindo a público. E revelou-se que o governo comunista só conseguiu cumprir pouco mais de 1/3 das metas encaminhadas ao TRE durante a campanha.
O fracasso do governo comunista - além do constrangimento de ser desmentido publicamente - guarda em si outro problema: o não cumprimento das promessas de campanha pode levar a processos eleitorais, inclusive com possibilidades de inelegibilidade e cassação de mandatos.
Quando decidiu exigir dos candidatos a cargos no Executivo a apresentação de seus planos de governo, com metas a cada ano do eventual mandato, a Justiça Eleitoral tinha o propósito de evitar que aventureiros, capazes das promessas mais mirabolantes possíveis, chegassem a se eleger, iludindo eleitores.
É claro que, como muitos aspectos do sistema eleitoral, adversários não ligam, eleitores pouco se importam e a Justiça Eleitoral também faz vista grossa para esse não cumprimento.
Mas quando o próprio infrator se expõe da forma como se expôs Flávio Dino, natural que adversários, observadores e operadores do Direito Eleitoral busquem reparações e sanções. Até porque trata-se de uma fraude eleitoral.

Ficção
Mesmo após revelação de que só cumpriu 22 das 65 promessas de campanha, o governador Flávio Dino insiste em outra realidade nas redes sociais.
O comunista chega ao limite de afirmar ter cumprido todas as metas apresentadas à Justiça Eleitoral.
Mas nem os números da fantasia comunista conseguem esconder dos eleitores o Maranhão real.

Obra alheia
Das 22 promessas de Flávio Dino dadas como cumpridas pelo G1 Portal, nada menos que 18 ele já encontrou quase prontas quando assumiu.
São obras deixadas pelo governo Roseana (PMDB), muitas das quais bastava a ele descerrar a placa de inauguração.
As quatro obras tipicamente comunistas são serviços sem maior relevância no contexto do desenvolvimento do Maranhão.

Obrigatoriedade
A partir de agora, as pesquisas de intenção de votos somente poderão ser divulgadas se estiverem registradas na Justiça Eleitoral.
Talvez com isso, as dezenas de pesquisas que ano passado foram publicadas todo mês agora sejam reduzidas.
Com a obrigação de registrar, também se elimina a desconfiança de que o levantamento tenha realmente sido feito.

Mágoas
O deputado federal José Reinaldo, pré-candidato a senador pelo DEM, continua mostrando mágoa do governador Flávio Dino.
Nas conversas com aliados, não tem poupado críticas ao governador e reclama da articulação política do grupo comunista.
As críticas de Tavares têm como endereço o bi-secretário Márcio Jerry, que comanda a Comunicação e a Articulação Política do governo.

Só loas
Ao contrário de José Reinaldo, a deputada Eliziane Gama (PPS) - igualmente ignorada por Dino em seu projeto senatorial - adota postura diferente.
Ela passou a divulgar releases apenas para jogar loas no comunista, na esperança de chamar sua atenção.
Para aliados e adversários, a postura atrelada de Eliziane não será levada em conta por Flávio Dino na escolha do seu segundo candidato a senador.

Pesar
A ex-governadora Roseana Sarney externou pesar pela morte do vereador Jorge Cunha, ocorrida na madrugada de terça-feira, no município de Apicum-Açu.
Jorge Cunha era irmão do prefeito da cidade, Cláudio Cunha, e vereador mais votado nas últimas eleições municipais.
O vereador foi morto a facadas por um pescador identificado como Pelebreu, que está preso.

DE OLHO
R$ 20 milhões foi quanto já recebeu do governo comunista o Laboratório Cedro, que ganhou contrato sob o argumento da emergência.

E MAIS

• O ex-governador José Reinaldo Tavares confirmou para o dia 6 de fevereiro sua filiação ao DEM, partido pelo qual pretende disputar o Senado.

• Após dizer que não tinha dinheiro sequer para pagar “santinhos”, o bi-secretário Márcio Jerry espalhou no interior outdoors com felicitações de ano-novo.

• Após perder o mandato de vereador e ser derrotado nas eleições de prefeito, o peemedebista Fábio Câmara investe, em Brasília, no instituto que controla.

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