Queda nos casos

Casos de dengue, chikungunya e zika caem 84,9% na capital

Campanhas preventivas e ações do poder público realizadas na cidade são apontadas como fatores para a queda; Ministério da Saúde lançou ação educativa para manter tendência de redução dos casos na capital maranhense

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Fonte da Iara pode acumular larvas do mosquito Aedes aegypti
Fonte da Iara pode acumular larvas do mosquito Aedes aegypti (água acumulada)

Os casos relacionados à dengue, zika e febre chikungunya apresentaram queda de 84,9% no ano passado, em comparação a 2016. Os dados foram fornecidos a O Estado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus). De acordo com a pasta, somente em relação aos casos de dengue, a queda foi de aproximadamente 80%.

No total, segundo o levantamento mais recente da pasta municipal, foram registrados 1.490 casos de dengue, zika e chikungunya. De acordo com fontes da Prefeitura, em 2016, foram 9.918 registros das doenças na capital maranhense. Somente no ano passado, 919 pessoas foram infectadas com a dengue, 341 foram diagnosticadas com febre chikungunya e 230 casos catalogados de zika vírus.

A queda é considerável, se analisados os dados de 2016, quando foram registrados (ainda de acordo com dados da Semus), 4.738 casos de dengue, 2.363 casos de chikungunya e outros 2.817 registros de zika vírus. “Considerando o trabalho de conscientização e intensificação da ação dos agentes de saúde, tivemos estes dados extremamente positivos”, disse o coordenador do Programa de Combate à Dengue, Zika e Chikungunya da Prefeitura de São Luís, Pedro Tavares.

Desde o dia 13 do mês passado, a Prefeitura de São Luís - por orientação do Ministério da Saúde (MS) - lançou uma campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças. De acordo com o Município, durante os meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, agentes de saúde visitarão os oito distritos da cidade e visitarão, em média, 7 mil imóveis por dia.

Além da ação dos agentes com visitas às residências, a Prefeitura também promoverá a nebulização espacial, com a inclusão dos carros-fumacê que circularão em bairros da capital maranhense. Apesar dos dados que apontam redução nos casos de dengue, zika e chikungunya, levantamento divulgado no mês passado pelo MS apontou que a capital, São Luís, ainda está “em estado de alerta” no controle das doenças. “É preciso ainda fazer muito mais e o nosso objetivo é apresentar dados ainda mais positivos neste ano de 2018”, finalizou Pedro Tavares.

Chuvas
Uma das preocupações dos agentes de saúde é com o início do período chuvoso na capital maranhense. Com a elevação dos índices pluviométricos, aumentam os riscos de criação de focos da doença. Em São Luís, em pontos conhecidos da cidade, é possível ver acúmulos de água e locais onde os ovos do Aedes podem se desenvolver. Um destes locais fica em frente à Catedral Metropolitana (Igreja da Sé), no monumento conhecido como Fonte da Iara.

O local, antes um cartão-postal da cidade, atualmente é fonte de água para moradores de rua e flanelinhas. Devido ao excesso de água, o mosquito também poderá se desenvolver no ambiente. O Estado flagrou, na tarde de ontem, crianças brincando a poucos metros da fonte. Além do acúmulo do líquido, o excesso de lixo também é um fator de propagação das doenças.

Números

Quantidade de casos (2017)
Dengue: 919
Zika: 341
Chikungunya: 230
Total: 1.490 casos

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