SÃO LUÍS-Das nove faixas que comporão o primeiro disco solo de Beto Ehongue terão clipe. A ideia do artista é registrar as músicas em audiovisual e disponibilizá-las ao público antes do lançamento físico do trabalho, previsto para maio deste ano. O primeiro já saiu. “Maria de Jesus”, uma das duas regravações virou clipe pelas mãos da Carabinas Filmes e já está disponível na internet. O próximo será “Deus na esquina”.
Ainda sem nome definido, o disco marca a estreia do artista em carreira solo. Ele, que foi da banda Negokaapor e liderou a Canelas Pretas, prepara o trabalho que atualmente está em fase final das gravações. A direção musical é de Dub Black, paraense conhecido por trabalhos com Dona Onete, Mestre Laurentino, Coletivo Rádio Cipó, com o qual tocou na Europa, entre outros.
O disco reúne duas regravações, “Maria de Jesus” e “Aurora Boreal”. As demais faixas são inéditas, todas de Beto Ehongue que assina letra e música. Os arranjos são coletivos com as participações dos músicos João Simas e Sandoval Filho e Dub Black.
Tocando os projetos em paralelo – a feitura do disco e a produção dos clipes – Ehongue conta que precisa conciliar as coisas já que a parte financeira acaba pesando bastante. “O trabalho está sendo feito todo de forma independente. Até agora estamos bancando todos os custos do disco e também dos clipes”, informa.
Para lançar a ideia para o público, o artista escolheu a música “Maria de Jesus” que volta em grande estilo.
A música, composição de Beto Ehongue, foi gravada em 2006 pela banda Negokaapor e posteriormente pela cantora Nathalia Ferrro, em 2015. “É uma música que a galera já canta, pede nos shows e conhece. Fizemos uma leitura diferente para o clipe que foi lançado no fim de novembro e está na internet”, diz o artista. Nomes como o do cineasta Francisco Colombo, Laila Razo e Gilberto Goiactman dirigirão os próximos clipes.
Em janeiro deverá chegar à web o clipe de “Deus na esquina”, que tem direção de Fancisco Colombo. “É uma música que questiona esse Deus de guerra, de violência. O som é meio reggae, meio funk com uma pitada de baião”, adianta.
Identidade
Sobre a identidade musical do disco, Ehongue afirma que é uma mescla de sons como reggae, ska, rock, entre outros ritmos. “O álbum é um retrato dessa diversidade que a gente é. Do que escutamos, de várias coisas que nos formam”.
Esse caldeirão musical é o reflexo da personalidade de Beto Ehongue que tem influências que vão do rap ao bumba-boi. Com projetos musicais diversos, o artista já viajou o país tocando em cidades como Rio de janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo, São Paulo, Fortaleza, Teresina, Sousa, Juazeiro, entre outras.
Em São Luís, atua há mais de 15 anos na cena musical e isso já lhe deu oportunidade para abrir shows de artistas importantes da música brasileira, como Nação Zumbi, Otto, Black Alien, Demônios da Garoa, Chico Correia, Cabruêra.
Também participou do CD “Palavra Acesa” musicando poemas de José Chagas ao lado de artistas como Fagner, Chico César, Lula Queiroga, Ednardo, Josias Sobrinho, Fernando Filizola, César Teixeira, Assis Medeiros. O CD foi produzido por Zeca Baleiro e Celso Borges.
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