Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
BELAS MULHERES enfeitam a paisagem de Caxias, a exemplo da exuberante secretária da Mulher, da equipe do prefeito Fábio Gentil, Tanyeri Cantalice, em foto recente para esta coluna
BELAS MULHERES enfeitam a paisagem de Caxias, a exemplo da exuberante secretária da Mulher, da equipe do prefeito Fábio Gentil, Tanyeri Cantalice, em foto recente para esta coluna

A má notícia
A notícia não poderia ser pior para partidos e candidatos às eleições de 2018: O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deverá proibir o uso de recursos do Fundo Partidário na campanha eleitoral.
São cerca de R$ 900 milhões que muitos partidos já vinham prometendo aos atuais deputados e senadores para turbinar suas reeleições.
Os partidos contam em seus orçamentos, com o Fundo Partidário, mais os recursos
do Fundo Eleitoral.
Já existe uma tendência da ministra Rosa Weber de decidir, em consulta feita ao tribunal pelo deputado Cícero Almeida (Podemos-AL), que apenas o recém-criado Fundo Eleitoral poderá custear a disputa.
O prazo da ministra
é 5 de março.

Cenário desigual
Não está se falando de pouco dinheiro: incluindo recursos do Orçamento da União, o Fundo Eleitoral terá R$ 1,7 bilhão em 2018. Porém, parlamentares de todos os partidos acham
que é pouco.
Há uma mobilização em andamento para ampliar esse valor para R$ 3,6 bilhões.
Com esse cenário, é quase impossível surgirem nomes que renovem a política. Em uma eleição com doações limitadas, os atuais deputados e senadores levam imensa vantagem sobre novatos que pretendam
ingressar na vida pública pelas Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados.
Além da estrutura e verbas dos seus gabinetes, que garantem custeio de deslocamentos e diárias, os atuais parlamentares contam com contribuições
dos partidos.

Oferta de emprego
O ano começa bem com boas ofertas de emprego. Uma delas é do Senac, que acaba de lançar edital referente ao Processo Seletivo para Contratação de Servidores para o Quadro Efetivo e de Reserva, com lotação na cidade de São Luís, e a vaga é para o cargo de Assistente Administrativo.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet no período de 15 a 17 de janeiro.
A propósito: o Senac oferece benefícios como plano de saúde subsidiado, seguro de vida em grupo, seguro funeral e ticket alimentação. A remuneração mensal para o cargo de Profissional de Apoio Administrativo é de R$ 1.794,46 com carga horária de trabalho de 40h semanais.
Os candidatos que pretendem concorrer à vaga devem possuir Ensino Médio Completo, 6 meses de experiência na área administrativa e conhecimentos sobre rotinas administrativas; português, matemática e informática básica.

Desinteresse
Fazer campanha com pouco dinheiro não será o maior desafio dos candidatos na eleição deste ano.
O grande inimigo de quem vai para a rua pedir votos é o desinteresse do eleitor, fruto da desilusão com o comportamento dos eleitos e com o avanço da corrupção.
Pode-se esperar recorde de abstenção e de votos nulos e brancos, o que em nada ajuda a fortalecer a democracia.

Desinteresse 2
Convencer esses eleitores descrentes de que o voto é sua única arma, como dizem certos políticos, será o grande desafio dos candidatos na campanha deste ano.
A tarefa é ainda mais complicada para quem disputa uma cadeira na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa.
Explico: boa parte dos eleitores não consegue perceber valor no trabalho legislativo.

Teste vai ser pela pele
Pesquisadores americanos começam a testar em abril um novo método contraceptivo para os homens. Mais de 400 casais levarão para casa um gel que deverá ser aplicado pelos homens todos os dias. E não é onde você está pensando, mas sim nos braços e nos ombros. O composto é feito de hormônios sintéticos e a promessa é de que bloqueará a produção de espermatozoides. A vantagem é a ausência de efeitos colaterais. A pesquisa começou 10 anos atrás e levará quatro anos até apresentar resultados definitivos.

TRIVIAL VARIADO

Em São Luís, será na próxima quinta-feira, às 18h30, na Igreja de São João, a Missa de Sétimo Dia de falecimento do escritor maranhense José Louzeiro, que morreu no último dia 29, no Rio.

O governador Flávio Dino não conseguiu segurar o pranto ao visitar o corpo do deputado Humberto Coutinho, no primeiro dia do ano em Caxias. A emoção foi traduzida por uma chuva
de lágrimas.

O jogo político anda tão violento no Brasil, que tem pré-candidato comemorando baixos índices nas pesquisas. Quem está lá em cima é alvo de bombardeio implacável e constante. O cálculo: a 10 meses da eleição, o melhor é passar despercebido.

O ex-presidente Lula e o deputado Bolsonaro entraram em 2018 com metade dos eleitores querendo votar neles para presidente da República. Ambos têm, somados, 51% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Significa que uma banda do país praticamente já se definiu por eles.

O trade turístico nos quatro cantos do Maranhão começou 2018 feliz. As taxas de ocupação hoteleira, quando não muito boas, superaram as do ano passado. Os empresários do setor faturaram bastante.

Em tempo: há quem diga que o fator determinante do bom momento, foi a crise. Com o dólar a R$ 3,30 e o euro a R$ 3,96, a maioria preferiu ficar no Brasil mesmo. Embora muitos não tenham dado bola pra isso.

DE RELANCE

Alta e insuficiente
À meia-noite de 31 dezembro, o placar eletrônico Impostômetro registrou 2 trilhões e 172 bilhões de reais, valor total arrecadado pelo governo federal desde 1º de janeiro de 2017. Mesmo assim, o orçamento fechou com déficit de mais de 160 bilhões de reais. Para rolar a dívida, o Ministério da Fazenda pagou 407 bilhões e 686 milhões de reais no decorrer do ano. Foi o que assinalou o Jurômetro, também à meia noite do dia 31. Ou seja: a arrecadação do poder público segue alta e insuficiente para o retorno satisfatório em serviços à população.

A única exceção
A maioria dos estados e das capitais perdeu há anos a capacidade de investimentos com recursos próprios. Sucederam-se a fase do endividamento e o comprometimento crescente da receita com a manutenção da máquina administrativa. Surpreende, porém, o desempenho de Goiás. A previsão no começo de 2017 era arcar com déficit de
200 milhões de reais no orçamento. Encerrou
o ano com 216 milhões de superávit.

Qual o caminho?
Secretários da Fazenda deveriam reservar hoje passagem a Goiânia para conhecer de perto a fórmula do governador Marconi Perillo.
Sem reduzir a abrangência de atendimento do setor público, usou de critérios rigorosos para conter desperdícios que estavam incorporados e consagrados na gestão. Foi o começo. Sua promessa é, no mínimo, dobrar o resultado positivo entre receita e despesa. Perillo está encerrando o segundo mandato como governador e concorrerá ao Senado. A surpresa é a escolha do seu suplente na chapa: o cantor
sertanejo Zezé Di Camargo.

Sem controle
No artigo 5º, a Constituição Federal garante aos brasileiros e estrangeiros residentes a inviolabilidade do direito à vida. Os governos, a quem cabe manter a ordem e garantir a segurança pública, fracassaram.
De outro modo, não se explica a ocorrência de mais de 61 mil mortes violentas no país durante 2017.

Contrastes do mundo
A esperança: o Fundo das Nações Unidas para a Infância avalia que, no primeiro dia do ano, nasceram 386 mil bebês em todo o mundo. A insanidade: o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ameaçou os Estados Unidos em seu pronunciamento de Ano Novo, dizendo que sempre tem à mesa um botão nuclear.

Vamos pagar os rombos?
Em 2018, teremos – todos nós, contribuintes brasileiros – de pagar a conta dos calotes de empréstimos autorizados pelos governos Lula e Dilma a países de ditadores amigos. Já foi aprovada a liberação no orçamento de R$ 124 milhões para ressarcir o BNDES pelo calote de US$ 22,4 milhões de um financiamento feito a Moçambique. Ainda em janeiro, o governo precisará aprovar no orçamento um repasse de R$ 5 bilhões para o BNDES. Desta vez, será para tapar o buraco causado no BNDES pelo calote da Venezuela. Todos nós, contribuintes,
vamos colaborar nessa vaquinha.

Multas desproporcionais
O Ministério Público e o Judiciário festejaram a devolução de R$ 600 milhões aos cofres da Petrobras. Diante dos rombos no BNDES, o MP deveria ser mais rigoroso na cobrança de multas dos corruptos que autorizaram estas operações. Apenas para a Venezuela foram R$ 5 bilhões pelo ralo.

Vamos matar a Lei Kandir?
A novela do ressarcimento da Lei Kandir, algo parecido como Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa, está servindo pelo menos para realimentar a reeleição de alguns deputados com futuro ameaçado. Porém, já há quem defenda inclusive o fim da Lei Kandir, esquecendo que, sem esse instrumento de incentivo à exportação, o prejuízo do Estado será ainda maior. Ninguém consegue exportar imposto. A Argentina tentou e quebrou sua balança cambial.

Para escrever na pedra:
“Sonhar todos os dias é fácil, o difícil é realizar um grande sonho.” Frase adequada do poeta Carlos Drummond de Andrade para um ano eleitoral.

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