Balança comercial fecha 2017 com saldo de US$ 67 bi

No ano passado, o país exportou um total de US$ 67 bilhões a mais do que importou, melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Abrão Neto apresenta os dados da balança comercial brasileira
Abrão Neto apresenta os dados da balança comercial brasileira

Brasília

A recuperação dos preços internacionais dos bens primários e a safra recorde fizeram a balança comercial fechar 2017 com o melhor saldo positivo registrado até hoje. No ano passado, o país exportou US$ 67 bilhões a mais do que importou, melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.
O resultado está dentro das estimativas do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que previa que o superávit comercial ficaria entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões no ano passado. Apenas em dezembro, a balança fechou com saldo positivo de US$ 4,99 bilhões.
As exportações totalizaram US$ 217,7 bilhões em 2017, com alta de 18,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após cinco anos. A alta do ano passado, no entanto, foi insuficiente para retomar o recorde de exportações registrado em 2011, quando as vendas externas tinham somado US$ 256 bilhões.

Importações
O reaquecimento da economia também fez as importações subirem no ano passado. As compras do exterior somaram US$ 150,7 bilhões em 2017, com alta de 10,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após três anos. As importações de combustíveis e lubrificantes aumentaram 42,8%. As compras de bens intermediários e de consumo subiram 11,2% e 7,9%, respectivamente. Somente as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) caíram 11,4% em 2017.
“Em 2016, as exportações tinham caído 3,5% e as importações tinham caído 20%. No ano passado, houve uma diferença brutal, com crescimento das exportações e também das importações. Os economistas leem esses dados como sinal da recuperação da economia brasileira”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
Depois de registrar o superávit recorde de US$ 67 bilhões em 2017, a balança comercial (diferença entre exportações e importações) deverá fechar 2018 com resultado positivo em torno de US$ 50 bilhões, disse hoje (2) o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Neto. Ele ressaltou que esse saldo garantiria o segundo maior superávit da história.
De acordo com Abrão Neto, tanto as exportações como as importações tendem a crescer neste ano. Ele não forneceu valores, mas disse que as vendas e as compras do exterior deverão encerrar 2018 no maior valor desde 2015.

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