Eleições 2018

Governo: pré-candidatos intensificarão busca por apoio com início de 2018

Cenário nacional evitou que os pretendentes a governador do Maranhão definissem as alianças para outubro; rumos partidários ainda são incertos

Carla Lima/Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Roseana espera definição do PMDB nacional; Ricardo deve ter o apoio do PRTB e Maura ainda sem aliados
Roseana espera definição do PMDB nacional; Ricardo deve ter o apoio do PRTB e Maura ainda sem aliados (eleições)

Contando com hoje, 1º de janeiro, faltarão cerca de 10 meses para o dia das eleições gerais de 2018. Para as convenções, cerca de seis meses. E mesmo diante desses poucos meses, no Maranhão, ainda há indefinições sobre apoios e candidaturas na sucessão estadual. Com cinco pré-candidatos para o governo, o cenário ainda está completamente incerto.
Já anunciaram pré-candidatura Roseana Sarney (PMDB), Ricardo Murad (PRP), Maura Jorge (Pode), Roberto Rocha (PSDB) e Flávio Dino (PCdoB). É visto como pré-candidato, mas ainda não confirmou se entrará na disputa, o deputado Eduardo Braide (PMN).
No entanto, nenhum dos pré-candidatos apresentam uma chapa já definida ou as alianças costuradas. E isso ocorre devido ao cenário nacional. Os partidos ainda esperam as posições que serão tomadas na disputa pela Presidência da República.
A ex-governadora Roseana Sarney – até o momento – é a que mais se aproxima de ter uma chapa definida. Ela terá como companheiros de chapa o senador Edison Lobão (PMDB) e o ministro Sarney Filho (PV), que serão candidatos a senador. Peemedebistas afirmam que o vice será o senador João Alberto de Sousa (PMDB).
A O Estado, João Alberto garante que o assunto não chegou a ser tratado internamente e que essas definições ocorrerão somente em abril. “Precisamos aguardar o que acontecerá nacionalmente. Depois que tudo se acertar no nível nacional, é que acertaremos aqui. E isso deverá ocorrer somente em abril”, disse o senador.
Sobre ser o companheiro de chapa da ex-governadora em 2018, João Alberto garantiu que se assim for definido pelo PMDB, ele obedecerá. “Eu sou o que o partido definir. Se essa [ser vice de Roseana] for a definição do PMDB, eu seguirei com toda certeza”, afirmou.
A ex-prefeita Maura Jorge foi a primeira a lançar sua pré-candidatura a governadora. No entanto, até o momento ainda não conseguiu apresentar nomes que poderão ser companheiros de uma chapa majoritária.
E não é por falta de busca de apoio. Maura Jorge já conversou com presidentes de várias legendas tentando viabilizar sua candidatura. No entanto, até o momento, ela não conseguiu apresentar qualquer adesão ao seu projeto de ser governadora do Maranhão.
O ex-deputado Ricardo Murad anunciou sua pré-candidatura em dezembro do ano passado. E no anúncio, Murad deixou claro que sua chapa majoritária não terá candidato a senador. Segundo ele, a candidatura ao Senado deve ser algo construído com antecedência e no PRP não há um nome que tenha estrada o suficiente para entrar na disputa.
Com isso, o ex-deputado somente vai se preocupar em buscar um companheiro de chapa para ser seu vice. Quando anunciou a pré-candidatura, o único partido mostrou que poderá indicar esse companheiro de chapa é o PRTB, comandado pelo advogado Márcio Coutinho, que confirmou que tem dialogado com o PRP de Murad.
Já Roberto Rocha aguarda o PSDB começar a fechar os apoios para o pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. Um dos partidos que o tucano aguarda é o PSB, que em março vai definir o novo comando da sigla.
Se o partido ficar com Márcio França, vice-governador de São Paulo, o apoio do PSB será dado para Rocha. Para que o partido continue com Flávio Dino, o atual presidente da legenda, Carlos Siqueira e seu grupo de Pernambuco é que deverão conseguir ficar com o comando da sigla.

PMDB ainda definirá rumo nacional

As definições nacionais poderão favorecer a chapa a ser composta pela
ex-governadora Roseana Sarney. O PMDB, por enquanto, ainda não definiu se entrará na disputa pela Presidência da República, o que deixa o partido livre para ser assediado por outros pré-candidatos. Dependendo de quem conseguir o apoio dos peemedebistas, o cenário no Maranhão deverá sofrer muitas mudanças.

Dino pode perder apoio de pelo menos seis partidos

A situação mais complicada para a composição de chapa é de Flávio Dino. Por enquanto, na sua base de apoio no governo, o comunista conta com pelo menos 11 siglas. No entanto, para as eleições, Dino pode ficar sem muitas delas.
Entre os motivos há a possibilidade do PCdoB sair com uma canidatura própria à Presidência da República. Esse fato, em tese, reduziria o leque de apoio oficial do comunista no Maranhão.

Aliados
Outros motivos são as composições nacionais que podem tirar do comunista – que é eclético em seus apoios – pelo menos seis partidos entre eles o PSB, DEM, PTB e até o PT. Além disso, Dino pode perder também aliados devido ao espaço em sua chapa majoritária.
Sobre a composição nacional, o PSB pode ir com o PSDB e isso tiraria oficialmente o partido da chapa de Dino. O PT ainda não definiu se terá candidatura própria. O partido faz encontros nacionais e estaduais para definir as estratégias para as eleições. Na legenda no estado, há a tese de que o partido deva lançar candidatura própria.
Outro aspecto que pode levar o PT a não apoiar oficialmente a candidatura à reeleição de Flávio Dino é o espaço que o comunista não quer dar ao petistas, que já se manifestaram mais de uma vez que buscam com o PCdoB espaço na chapa majoritária ou de vice ou de candidato a senador.

Sem espaço
Pelas declarações dadas tanto por Dino quanto pelo presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, o PT não deverá ter nenhuma coisa e nem outra.
O DEM poderá não compor com os comunistas por motivo parecido com o do PT: falta de espaço na chapa majoritária. O presidente estadual da sigla, deputado federal Juscelino Filho já havia garantido que o DEM somente irá com o PCdoB se o deputado Zé Reinaldo Tavares for o candidato a senador na chapa dos comunistas.
Pelo que vem demonstrando o governador, essa possibilidade é restrita.
Outros partidos, como o PTB, PP e PR, podem não compor com Dino devido ao cenário nacional.

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