Trabalho

Indicação de Pedro Fernandes para ministério pode marcar fim da aliança do PTB com Flávio Dino

Chegada de deputado ao governo Michel Temer acendeu sinal de alerta no Palácio dos Leões

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
(Pedro Fernandes)

A indicação do deputado federal Pedro Fernandes como novo ministro do Trabalho do governo Michel Temer (MDB) acendeu o sinal de alerta no governo Flávio Dino (PCdoB).

Fernandes é do PTB que, atualmente, está na base de apoio ao comunista – um filho do parlamentar, vereador Pedro Lucas Fernandes, também do PTB, é o atual titular da Agência Executiva Metropolitana (Agem). O cargo tem status de secretário.

O novo ministro foi indicado pelo próprio partido, num movimento que acabou reafirmando o apoio dos petebistas ao governo federal. O antecessor dele, Ronaldo Nogueira, também era do PTB, e entregou o cargo.

Ocorre que, em nível nacional, o MDB de Temer está em campo oposto ao PCdoB de Flávio Dino. O governador do Maranhão, por sinal, não tem poupado críticas ao emedebista, a quem se refere, normalmente, como “golpista”.

Essa oposição partidária na esfera federal é que pode ser decisiva para a saída do PTB, no plano local, da base de apoio ao governo maranhense. E o que tem deixado o Palácio dos Leões em estado de prontidão.

Desincompatibilização – Outro fator que pode contribuir para a baixa partidária da base governista é a necessidade de desincompatibilização de secretários de Estado que tenham interesse em disputar as eleições de 2018. Pedro Lucas Fernandes é um deles – será candidato a deputado federal justamente na vaga do pai.

Flávio Dino declarou em recente entrevista que pretende exonerar os auxiliares-candidatos logo após o carnaval, em fevereiro. Assim, serão praticamente oito meses entre a saída do titular da Agem e as eleições. E, durante todo esse período, Pedro Fernandes estará no Ministério do Trabalho, e cada vez mais envolvido com a gestão Temer.

Apesar das evidências, o novo ministro Pedro Fernandes garante que sua chegada ao governo federal não implica em rompimento com o governo Dino. “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, disse Fernandes a O Estado. Segundo ele, ao ser indicado pelo PTB, ninguém lhe cobrou que se distanciasse do comunista maranhense.

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