Emprego formal

Mais de 300 vagas de emprego fechadas no MA

Indústria de transformação e agropecuária foram as que mais contribuíram para a queda na oferta de emprego formal em novembro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Oferta de emprego com carteira assinada em novembro sofreu queda
Oferta de emprego com carteira assinada em novembro sofreu queda

O Maranhão perdeu 303 vagas de emprego formal (com carteira assinada) no mês de novembro, queda de 0,06%, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho. Esse resultado interrompe a curva ascendente que vinha ocorrendo desde o início do segundo semestre.

Os setores da indústria de transformação e a agropecuária, com a eliminação de 472 e 1.013 vagas, respectivamente, foram o que mais contribuíram para o desempenho ruim na oferta de emprego formal no mercado de trabalho maranhense mês passado. Também tiveram saldo negativo os segmentos da construção civil (-46 postos) e extrativa mineral (-32 vagas).

O resultado só não foi pior porque as atividades do comércio e de serviços registraram saldo positivo em novembro, com a abertura de 912 e 344 vagas, respectivamente. A administração pública contribuiu com a oferta de quatro postos de trabalho.

Tendência

A queda na oferta de emprego no Maranhão segue a tendência nacional registrada pelo Caged. Mês passado, o país teve redução de 12.292 vagas, variação negativa de 0,03% em relação ao estoque de outubro. Foram 1.111.798 admissões contra 1.124.096 demissões no mês passado.

Em nível de Brasil, os dois principais setores que geraram o saldo negativo de novembro foram a indústria da transformação e a construção civil. A indústria apresentou saldo negativo em 10 dos seus subsetores. A razão é que, a esta altura do ano, todas as encomendas já foram atendidas. Por isso, a indústria começa a demitir (-29.006 empregos).

Já o número negativo na construção civil - ocorreram 91.776 admissões e 114.602 desligamentos, gerando uma queda de 22.826 vagas - deve-se ao período de chuvas, o que leva à paralisação das obras. “Nos meses anteriores, esses setores registraram números positivos”, lembrou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Estados

Treze das 27 unidades federativas tiveram variação positiva. O Rio Grande do Sul liderou o crescimento com um saldo de 8.753 empregos, puxado pela expansão do comércio (+4.567 postos), agropecuária (+3.973) e serviços (+2.031). Santa Catarina ocupa no mês de novembro o segundo lugar, registrando crescimento de 0,25%, com saldo de 4.995 vínculos empregatícios, motivado pela expansão do comércio (+5.090 postos), serviços (+1.592 postos) e agropecuária (+908 postos). O terceiro lugar ficou com o Rio de Janeiro, que apresentou crescimento de 0,09%, com saldo de 3.038 vínculos empregatícios. Esse crescimento foi motivado pelo saldo positivo de empregos no setor do comércio (+9.649 postos).

Também foram destaques no mês de novembro: Ceará, com 2.861 postos de trabalho (+0,25%); Alagoas, com a criação de 1.468 empregos (+0,42%); Paraná, com saldo positivo de 1.433 empregos (+0,05%); Paraíba, com 1.256 vagas (+0,32%); Pará, com 729 postos de trabalho (+0,10%); Amazonas, com saldo de 395 vagas (+0,10%); Pernambuco, com 259 novas vagas (+0,02%); Espírito Santo, com saldo de 189 empregos (+0,03%); Roraima, com 143 postos de trabalho (+0,27%); e Sergipe, com saldo de 44 vínculos empregatícios (+0,02%),

Mais

Salários

Os dados do Caged também mostraram que, no mês de novembro, o salário médio de admissão no país foi de R$ 1.470,08, enquanto o salário médio de demissão foi de R$ 1.675,58. Em comparação aos salários do mês de outubro houve aumento de R$ 5,65 (+0,39%) no salário de admissão e de R$ 0,31 (+0,02%) no salário de demissão. No acumulado de 12 meses, os ganhos reais foram de R$ 53,91 (+3,81%) e R$ 44,48 (+2,73%), respectivamente.

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