IBGE

Após gestão comunista, Maranhão piora índices de desenvolvimento

A promessa de mudanças e de um Maranhão rico e próspero da campanha eleitoral não se concretizou, três anos após o início da gestão Flávio Dino

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
(Palafitas)

Dados de um recente levantamento do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), divulgado com exclusividade pelo Valor durante a semana, apontam que a economia maranhense teve piora no desempenho nos últimos anos – especificamente em 2015 e 2016 -, o que provocou o aumento da pobreza no estado.

O retrato foi traçado a partir do cruzamento de dados da "Síntese de Indicadores Sociais", divulgada há pouco mais de uma semana pelo IBGE, com a série histórica disponível da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). As linhas de cortes foram as usadas pelo Banco Mundial e pelo IBGE: US$ 1,90 per capita por dia (R$ 133,72 mensais) para extrema pobreza e US$ 5,50 por dia (R$ 387,07 mensais) para a pobreza moderada.

A partir desses dados, o IBGE chegou à conclusão de que metade da parcela pobre da população do Brasil (24,7 milhões) vivia no Nordeste em 2015 e 2016. E mais: que os Estados com piores indicadores foram Maranhão (52,4% da população vivendo na pobreza), Amazonas (49,2%) e Alagoas (47,4%).

Desigualdade - Um dos dados que compõem a análise sobre o índice de pobreza é a distribuição de renda. Também nesse aspecto, o Maranhão piorou sob a gestão comunista.

A análise de relatórios do IBGE, entre 2014 e 2016, mostra que, nesse período, aumentou em 312 mil o número de pessoas com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, ou pouco mais de R$ 450 mensais. Em 2014, 51,7% dos maranhenses viviam com essa renda e, em 2016, após a mudança de governo, esse percentual subiu para 56,7%.

Cresceu, ainda, a proporção de maranhenses que vivem com ainda menos: em 2014, 23,7% da população do Maranhão vivia com renda familiar per capita de até um quarto do salário mínimo (ou aproximadamente R$ 225). Em 2016, eram 29,2%.

A desigualdade na distribuição de renda também aumentou nos últimos anos. Segundo o Índice Gini – que mede as distorções da renda numa escala de 1 a 0, onde zero é o melhor cenário -, em 2013 o Maranhão registrou desigualdade de 0,515, melhorando no ano seguinte (0,493).

Em 2015, primeiro de Flávio Dino como governador, esse índice retrocedeu a 0,506, tendo apresentado leve melhora em 2016 (recuou para 0,495), mas ainda pior que em 2014, por exemplo

Deputado aponta “Mais Fracasso” do governo Dino

Em discurso na Câmara dos Deputados, durante a semana, o deputado federal Hildo Rocha (PMDB) fez uma análise dos recentes dados divulgados pelo IBGE. E pontuou: o governo Flávio Dino (PCdoB) implantou no Maranhão o programa “Mais Fracasso”.
“Qual é a causa disso?”, questionou. De acordo com o parlamentar, o fator determinante foi a “desastrosa política econômica” implantada pelo governador.

“O governador instituiu violento regime de cobrança de impostos, aumentou alíquotas e colocou blitz nas ruas para intimidar os empresários. Os investidores, os geradores de emprego, foram forçados a se mudar para estados vizinhos”, argumentou.

Para confirmar a tese, Hildo Rocha citou o estudo do IBGE, que reúne informações sobre as condições de vida da população brasileira, denominado de Síntese de Indicadores Sociais (SIS).

“Atualmente, o Maranhão é o Estado com maior número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema; 52; o Pará está em segundo, com 44% e o Piauí em terceiro, com 32%”, destacou.

Outro dado alarmante citado por Rocha é a taxa de desemprego de jovens. “Atualmente, 70% dos jovens maranhenses estão desempregados. Quando Roseana Sarney saiu do governo o índice era de 51%. Não era bom, mas estava melhor do que a média nacional, que era de 57%”, avaliou.

O deputado lembrou que o bom desempenho do governo Roseana, no que se refere à inclusão de jovens no mercado de trabalho, deveu-se a iniciativas inovadoras como o “Programa Primeiro Emprego”, que dava oportunidades aos jovens.

“Flávio Dino matou o programa. O resultado está aí. Hoje o Maranhão é o Estado detentor do maior índice de desemprego entre os jovens”, criticou Rocha.

Segundo o deputado, o Programa Mais IDH, lançado com estardalhaço pela gestão comunista, “é um fracasso retumbante”.
“Flávio Dino fracassou em todas as áreas. Na saúde, na infraestrutura, na segurança e no apoio social. Fracassou pela incompetência, por insensibilidade. Dino decepcionou os eleitores, frustrou a população, envergonhou o Maranhão”, lamentou Hildo Rocha.

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