Alerta

Maranhão registra 245 áreas de risco de deslizamentos de terra

Estudo foi feito pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), responsável pelo Programa Geologia do Brasil, do Governo Federal; dados serão apresentados hoje, a partir das 9h, no auditório Neiva Moreira da Assembleia Legislativa do Maranhão

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Antônio Carlos Bacelar, diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM
Antônio Carlos Bacelar, diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM ( Antônio Carlos Bacelar, diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM)

SÃO LUÍS - Levantamento feito pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) – empresa pública vinculada ao ministério das Minas e Energia – apontou que o Maranhão apresenta atualmente 245 áreas de risco de deslizamentos de terra distribuídos em 86 municípios do estado.

Este e outros dados serão apresentados durante evento, organizado pelo CPRM, que acontecerá hoje,15, a partir das 9h, no auditório Neiva Moreira da Assembleia Legislativa do Maranhão (AL) em que serão lançados 12 projetos executados nos últimos anos pela instituição nas áreas de geologia, recursos minerais e hídricos. O evento deverá contar com a presença de autoridades do Governo Federal, além de empresários. No evento, serão aprofundados números relativos à análise das áreas de risco no estado.

Segundo o estudo da entidade organizadora do evento, atualmente 135.864 pessoas que residem em 33.975 residências no Maranhão poderão ser afetadas por desastres naturais. Em São Luís, existem áreas sujeitas a deslizamentos nos seguintes locais: Vila Nova, Prainha, Sol Nascente, Bonfim, São Francisco, Ponta d’Areia, São Marcos, Calhau e Olho d’Água. Devido ao aprofundamento das pesquisas, o trabalho gerou a elaboração de exemplares, dentre eles, que trata da geodiversidade no Estado do Maranhão.

“São estudos importantes e que podem ajudar as autoridades públicas a entenderem acerca dos riscos da falta de preservação de áreas com grande potencial geológico”, disse o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM em visita a O Estado, Antônio Carlos Bacelar.

Segundo o dirigente, além de esclarecer acerca das áreas com potencial de desenvolvimento em São Luís e em outros municípios maranhenses, os projetos realizados pelo CPRM também serão de grande valia para a conservação das unidades e fontes de água do território do Estado. No caso de São Luís, por exemplo, com base em pesquisas do CPRM, é possível afirmar que, em alguns anos, as reservas de água da capital maranhense poderão ser extintas. “É um tema que precisa ser tratado com a máxima seriedade possível pelas autoridades públicas deste estado”, frisou Bacelar.

Um dos exemplares mais recentes - intitulado “Projeto Materiais de Construção da Região Metropolitana - elaborados pelo CPRM e apresentado a O Estado trata do mapeamento das reservas minerais na Grande Ilha e das cidades vizinhas, como Axixá e Itapecuru-Mirim, para o aproveitamento na construção civil. “Este evento é de suma importância para a sociedade civil como um todo. Esperamos contar com a presença de várias entidades”, disse o diretor do CPRM.

Sobre

O Serviço Geológico do Brasil conta com oito superintendências regionais: Manaus (AM), Belém (PA), Recife (PE), Goiânia (GO), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), além de três residências (unidades operacionais de menor porte) nas cidades de Porto Velho (RO), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). A entidade é responsável pelo programa Geologia do Brasil, do Governo Federal.

Frase

“São estudos importantes e que podem ajudar as autoridades públicas a entenderem acerca dos riscos da falta de preservação de áreas com grande potencial geológico”,

Antônio Carlos Bacelar

Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM

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