Previsão do tempo

Chuvas são esperadas com maior intensidade apenas em janeiro

Previsão do Núcleo de Meteorologia da Uema é de elevação dos índices pluviométricos apenas no próximo mês; precipitação de ontem foi atípica

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Chuva durou apenas 10 minutos, mas as nuvens escuras se mantiveram durante todo o dia sobre a cidade
Chuva durou apenas 10 minutos, mas as nuvens escuras se mantiveram durante todo o dia sobre a cidade (chuvinha)

As chuvas em São Luís deverão cair com maior intensidade apenas no início do mês de janeiro. É o que prevê o Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), que considera atípico o registro de precipitações no mês de dezembro que, historicamente, registra índices de chuva considerados baixos. Segundo o Núcleo, no último mês do ano a média histórica é de 77,2 milímetros de água.

Em vários pontos da capital maranhense, foi registrada chuva no fim da manhã e início da tarde de ontem, 13. Apesar do baixo tempo da chuva - durou apenas 10 minutos -, várias pessoas se surpreenderam com o registro em pleno mês de dezembro, onde normalmente ainda são registradas altas temperaturas na capital. “Hoje [ontem] eu saí de casa sem guarda-chuva e no meio do caminho, descobri que estava desprotegida”, disse a diarista Maria Bárbara Diniz.

Segundo o meteorologista e integrante do Núcleo da Uema, Carlos Márcio Elói, a variação da temperatura oceânica e o longo tempo de estiagem nos meses de setembro, outubro e novembro, podem ser fatores apontados para o registro de chuvas no último mês do ano. “Em anos anteriores, ainda se via chuva em dezembro. Porém, era um cenário que vinha mudando ano após ano. Voltamos a ter este cenário no encerramento do ano”, disse.

De acordo com o especialista, o período de chuvas previsto para 2018 deverá ser o mais intenso dos últimos anos. “Este ano, tivemos meses fortes em chuva. Em janeiro e fevereiro, por exemplo. Porém, em março e abril as médias de temperatura já aumentaram. Creio que para o ano o quadro deverá ser diferente, com o período de chuvas mais longo”, disse.

Mandada por Deus
O registro da chuva no início da tarde de ontem foi duplamente comemorado pela população ludovicense, que sofre, há pouco mais de uma semana, com a ausência regular do fornecimento de água, após mais um rompimento da adutora do Sistema Italuís, na noite de sábado, 9.

No Bairro de Fátima, por exemplo, um dos locais mais afetados com a ausência do líquido nas torneiras, algumas pessoas chegaram a estocar água da chuva. “Quem sabe se essa chuva não foi mandada por Deus, justamente por a gente estar nessa situação?”, disse Pedro Lopes, mecânico e morador do bairro há vinte anos.

Energia
Em alguns bairros, foram registradas quedas de energia. Até o fechamento desta edição, a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) não informou quantas chamadas foram feitas informando acerca de falta de luz.

SAIBA MAIS

O mês de março – com 439 mm - foi o período do ano com mais chuvas. No entanto, os meses de janeiro (com 418,5 mm) e fevereiro (352,5mm) também tiveram grande volume pluviométrico em 2017. Em janeiro, por exemplo, o volume de chuvas aumentou 41,6% em comparação com a média histórica do período (que cataloga o índice de chuvas dos últimos 30 anos).

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