Mudanças do clima

Em Paris, Sarney Filho defende medidas que preservem clima

Ao participar do One Planet Summit, ministro brasileiro do Meio Ambiente diz que o o Brasil “é destino natural” para investimentos em baixo carbono; evento que discute esforço mundial para diminuir o impacto das mudanças do clima

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
O presidente da França Emmanuel Macron com o ministro Sarney Filho
O presidente da França Emmanuel Macron com o ministro Sarney Filho (O presidente da França Emmanuel Macron com o ministro Sarney Filho)

PARIS - O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, que representa o governo brasileiro no evento One Planet Summit, em Paris, que visa um esforço mundial para o financiamento de medidas que possam diminuir o impacto das mudanças do clima, defendeu que o Brasil “é destino natural” para investimentos em baixo carbono.

“Cada dólar investido resulta em impactos diretos na redução de emissões de gases causadores do aquecimento global ou adaptação”, afirmou o ministro.

Mesmo sem a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abandonou o Acordo de Paris sobre o Clima, outros chefes de Estado, ministros e ambientalistas participam do One Planet até sexta-feira,15. Entre eles, o ator e ativista Leonardo de Caprio, o governador da Califórnia Jerry Brown, e o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, que lidera uma coalizão de cidades, companhias e ativistas que trabalham para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos EUA.

O fundador da empresa norte-americana de comunicação Bloomberg, ofereceu jantar na segunda-feira, 11, aos ministros e autoridades. Entre os presentes, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o criador da Microsoft, Bill Gates.

Fundo

Sarney Filho reforçou que o Acordo de Paris tem nesse momento desdobramentos importantes, já que o objetivo da conferência é acelerar o financiamento para diminuir o aquecimento global.

“Vemos com bons olhos a criação de um Fundo Garantidor para alavancar financiamentos a juros baixos para projetos de baixo carbono, baseado em regras a serem acordadas e estamos abertos para criarmos as ferramentas financeiras adequadas que possam premiar e atrair mais agentes econômicos para atividades de baixas emissões”, reforçou o ministro.

Ele enfatizou os esforços feitos no país para reduzir os desmatamentos e as queimadas na Amazônia. “Neste último ano, reduzimos em 16% o desmatamento do bioma e promovemos a criação e ampliação de unidades de conservação. O Brasil é o único grande país em desenvolvimento a adotar metas de redução de emissões: 37% até 2025 e 43% até 2030 com ano base 2005”, afirmou Sarney Filho.

Ele apresentou as principais ações que o Ministério do Meio Ambiente está realizando, em defesa do meio ambiente, destacando a aprovação do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa – Planaveg, cuja meta é recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030.

Acrescentou que está em estágio avançado de tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei que estabelece uma nova política acional de biocombustíveis, RenovaBio, visando aumentar a eficiência da produção de biocombustíveis e, ao mesmo tempo, reduzir emissões de gases poluidores.

Banco Mundial

Ontem, durante a reunião, o Banco Mundial anunciou, durante o evento, que não irá mais financiar a exploração e extração de petróleo e gás a partir de 2019. O objetivo é priorizar energias renováveis, em detrimento dos combustíveis fósseis, e ajudar os países a manter os compromissos assinados há dois anos no Acordo do Clima de Paris.

O objetivo anunciado pelo Banco Mundial é atingir o objetivo de alocar 28% de seus empréstimos para ações contra a mudança climática até 2020. No entanto, trilhões de dólares ainda devem ser investidos em energias renováveis para limitar o aquecimento global médio em 2 graus Celsius, como prevê o Acordo de Paris.

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