Brasília - Balanço divulgado pela Controladoria-Geral da União ontem mostra que, em 2017, o governo expulsou 431 servidores, 66% por "prática de atos relacionados à corrupção". O documento destaca que no âmbito de 60 operações especiais - em parceria com a Polícia Federal e a Procuradoria - foi evitado prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 411 milhões.
Desde 2003, foram 300 operações, que constataram R$ 4,6 bilhões de dano ao erário. As principais políticas públicas afetadas são da área de Saúde e Educação.
Os dados foram divulgados pelo Ministério da Transparência e CGU em evento pelo Dia Internacional contra a Corrupção.
O ministro substituto, Wagner Rosário, declarou que "uma das consequências mais drásticas da corrupção é o sentimento de egoísmo generalizado".
"Mesmo quem não é corrupto, mas vive num ambiente corrupto, passa a lutar por ideias vinculadas a pequenos grupos e não à sociedade como um todo", assinalou Rosário. "O grande desafio aqui é tornar nossas palavras a prática de nossa atuação por um mesmo ideal."
O ministro informou que, este ano, mais de 80 mil manifestações foram registradas no Sistema Informatizado de Ouvidorias (e-Ouv), mantido pela CGU. Dessas, 15 mil eram relativas a denúncias. Todas foram encaminhadas aos gestores para a adoção de providências. O tempo médio de atendimento é de 17 dias, destacou a Controladoria.
Rosário enfatizou a parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
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