Na Rua

Flanelinhas ainda são problema no Centro

Há quem reclame dos guardadores que assumem os espaços públicos como se fossem seus e fixam valores para estacionar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Flanelinhas atuam no Centro, mas nem todos estão aptos para trabalho; pessoas reclamam da situação
Flanelinhas atuam no Centro, mas nem todos estão aptos para trabalho; pessoas reclamam da situação (Flanelinha)

SÃO LUÍS - A ocupação de dezenas de flanelinhas na região do centro de São Luís é algo que tem preocupado condutores que precisam deixar seus carros por ali. Isso se deve ao fato de que muitos até brigam na disputa por espaço nos locais públicos, que tratam como fossem seus.

Somente na área da Praça Deodoro, ao lado da Rua de Santaninha, pelo menos oito flanelinhas permanecem, com o intuito de “regulamentar” o estacionamento de carros.

Um deles, Pedro Pereira dos Santos, de 44 anos, disse que eles trabalham ali com liberação da polícia. “Somente eu e um outro amigo meu temos liberação para trabalhar nesse espaço. Não brigamos com ninguém, as pessoas deixam seus carros e ajudam no que puderem. Agora, tem muita gente que não tem liberação da polícia para trabalhar aqui e vai chegando e se instalando, fazendo com que desorganize”, disse.

Ele contou ainda que naquele espaço o serviço funciona dividido entre eles. “A gente delimita pontos da praça - de um lado para um e de outro para o outro. Assim, a gente evita confusão, como há em outros lugares. Eu mesmo conheço pontos em que um flanelinha tentou matar outro por causa dessa disputa por espaço”, relatou.

Outros pontos onde foi encontrada concentração de flanelinhas foram nas ruas do Sol, dos Afogados, Santa Rita e nas proximidades da Rua Grande e Praça João Lisboa

Ronaldo Sousa, de 44 anos, disse que transita na região diariamente, mas nunca teve problemas com flanelinhas, o que não significa que não se preocupe com isso. “A gente fica apreensivo, porque em vários locais eles pressionam a gente a pagar, sob pena de riscarem nossos carros. Felizmente, ainda não passei por essa situação desagradável”, refletiu.

O Estado procurou a Secretaria de Estado da Segurança Pública para saber medidas tomadas para a segurança dos motoristas que precisam deixar seus carros no Centro, mas o órgão respondeu que essa atuação é de responsabilidade da Prefeitura de São Luís.

SAIBA MAIS

Há cerca de cinco anos, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) começou a desenvolver a Operação Guardador Legal para cadastrar, legalizar e capacitar os guardadores de carro que atuam em São Luís. O objetivo desse trabalho é evitar que pessoas se passem por flanelinhas para cometer crimes como arrombamentos de veículos e a cobrança de preços abusivos. Desde o início da operação, houve redução no número de ocorrências envolvendo esses profissionais. Os guardadores não podem fixar preços pelo serviço. O centro de São Luís tem o maior número de guardadores de carro cadastrados pela Operação Guardador Legal, são cerca de 200.

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