Acidente

Mecânico boliviano sobrevivente da tragédia da Chape estuda para ser piloto

Erwin Tumiri já é piloto particular e quer pilotar aviões comerciais. Ele é um dos seis sobreviventes de acidente que deixou deixou 71 mortos, principalmente jogadores e dirigentes da Chapecoense, em 28 de novembro de 2016

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

BOLÍVIA - O mecânico boliviano Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do acidente com o avião da Lamia que levava a bordo o time da Chapecoense, estuda para ser piloto comercial e agradece a Deus por ter tido uma segunda chance.

"Já se passou um ano, me sinto melhor, estou fazendo o meu trabalho como mecânico aéreo. Continuo com meus estudos para ser piloto comercial. Agora sou piloto particular", afirmou Tumiri, entrevistado pelo canal privado de televisão Unitel.

Tumiri, que mora em Cochabamba (região central da Bolívia), retoma lentamente a sua atividade como técnico aéreo. Ele diz que sua fé, suas atividades na Igreja e o seu trabalho lhe permitiram recuperar a tranquilidade.

"Sim, (passou) um ano. Há algum tempo vi os vídeos, dói recordar, para mim é muito doloroso recordar", assinala Tumiri, após lembrar o acidente de 28 de novembro de 2016 que deixou 71 mortos, principalmente jogadores e dirigentes da Chapecoense, pouco antes de chegar a Medellín.

Investigações separadas das autoridades colombianas e bolivianas estabeleceram que a aeronave sofreu o acidente por ter combustível limitado e que o piloto falecido, Miguel Quiroga, deveria ter reabastecido o avião.

Tumiri relembra o que passou imediatamente depois do acidente: "Uma vez, junto com Ximena (Suárez, aeromoça e sobrevivente), fomos a um local seguro e lá disse 'obrigado, Senhor, por me dar uma nova oportunidade' e Ximena também".

Embora sem dar detalhes, lembra que no dia do voo, quando acordou de manhã, sua mãe teve um pressentimento. "Minha mãe me disse: 'meu filho, tenha cuidado, tive um pesadelo' e respondi 'de que, mãe? Não acredite nos sonhos', e saí".

As investigações na Bolívia estão paradas desde que a Procuradoria denunciou uma dúzia de funcionários que tiveram alguma relação com o voo e empregados da companhia

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