Prisão

Desembargadores mantém Eduardo Cunha preso em Curitiba

Por unanimidade, magistrados negaram pedido da defesa do ex-deputado que queria transferência de Cunha para Brasília

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Eduardo Cunha continuará preso no Paraná por decisão unanime do Tribunal Regional Federal
Eduardo Cunha continuará preso no Paraná por decisão unanime do Tribunal Regional Federal (Eduardo Cunha)

Brasília - O deputado cassado Eduardo Cunha teve negado o pedido para cumprir pena em Brasília. Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região tomaram a decisão por unanimidade nesta terça-feira (28). Condenado por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e evasão de divisas na Lava Jato, o ex-parlamentar teve a pena reduzida no próprio Tribunal para 14 meses e seis meses. Ele segue no Complexo-Médico Penal em Curitiba.

A defesa alegava que os procedimentos penais que tramitam contra o réu estão, em sua maioria, em Brasília. Outro destino sugerido era o Rio de Janeiro, onde a família dele mora. Nenhuma das possibilidades foi aceita.

Os advogados sustentavam que a ação criminal já foi julgada na capital paranaense e que o juiz Sérgio Moro não teria mais competência para decidir sobre o local da detenção. Outro argumento era de que seria menos oneroso para a administração pública devido aos custos do deslocamento para depoimentos. A defesa vai recorrer.

A Justiça Federal de Brasília já havia negado a solicitação da defesa em uma decisão do dia 17 de novembro. O juiz substituto Ricardo Augusto Soares Leite, no texto, cita ser necessário que a decisão parta de tribunal regional ou superior. A defesa, então, entrou com pedido de provimento liminar, negado pelo relator da ação no Tribunal, João Gebran Neto.

Cunha passou os meses de setembro, outubro e novembro em Brasília, transferido temporariamente para prestar depoimentos em um processo do qual é réu na Justiça Federal, em um processo a que responde sobre um suposto esquema de propinas envolvendo financiamentos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. Ele já retornou p Complexo Médico-Penal em Curitiba.

A decisão de manter Cunha em Curitiba foi unânime. Relator dos casos da Operação Lava Jato no TRF4, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto destacou que não há direito subjetivo do réu sobre o local onde deve permanecer preso, e a moradia da família ou as razões administrativas não são absolutas nesse tipo de decisão.

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