Câmara Municipal SL

Proposta de “Escola sem partido” provoca polêmica na Câmara de São Luís

Projeto de lei foi contestado pelo PCdoB após membro do partido, vereador Ricardo Diniz, emitir parecer favorável à aprovação da matéria

Carla Lima/Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Carvalho é autor da proposta que teve parecer favorável de Diniz
Carvalho é autor da proposta que teve parecer favorável de Diniz (chico carvalho)

SÃO LUÍS - Os vereadores de São Luís deverão se posicionar somente amanhã a respeito do projeto de lei nº 113/2017, que prevê a proibição de manifestações políticas partidárias dentro das unidades de ensino da capital. É a matéria conhecida como “Escola sem Partido”.

A proposta, que é de autoria do vereador Francisco Carvalho (PSL), gerou polêmica após diretório municipal do PCdoB emitir nota de repúdio contra o membro da legenda, vereador Ricardo Diniz, que foi relator da matéria e deu parecer favorável à proposta de “escola sem partido” em São Luís.

Na nota do PCdoB, o comitê municipal diz ser contrário ao projeto de lei e diz que serão tomadas medidas cabíveis contra Ricardo Diniz, que ao encaminhar pela aprovação da proposta, foi de encontro com a linha política da sigla.

“O Comitê Municipal PCdoB em São Luís se manifesta contrário ao absurdo projeto em trâmite da Câmara Municipal sobre “Escola sem Partido” e adotará as providências cabíveis perante o vereador Ricardo Diniz que, à revelia da direção e da linha política do partido, encaminhou pela aprovação de absurdo e antidemocrático projeto de lei”, diz a nota.

A manifestação do PCdoB levou a uma reação tanto do autor da proposta, Chico Carvalho, quanto de Ricardo Diniz.

Carvalho, por meio de seu perfil em redes sociais, explicou a sua intenção com o projeto de lei. Segundo ele, a escola sem partido não é para restringir o pensamento crítico dos alunos. A ideia é evitar abusos em sala de aula com posições partidárias por parte de profissionais.

“Minha proposta de escola sem partido não tem bandeira partidária ou mesmo envolve questão moral. Trabalhamos para evitar abusos em sala de aula de posições partidárias de profissionais. Queremos um aluno com pensamento crítico, sim, mas sem uma tendência de quem manda, determina ou organiza a escola. Na escola, o estudante terá o aprendizado de português, história, geografia, matemática e outras disciplinas. Questões éticas, religiosas e até posição políticas vem de casa. Vem da formação familiar”, disse o vereador.

Ricardo Diniz emitiu nota à imprensa informando que não tomou decisões para beneficiar apenas um lado. O parlamentar explicou sua posição favorável a proposta da Escola sem partidos.
Ainda segundo Diniz, tanto ele quanto Francisco Carvalho decidiram retirar da pauta da sessão de hoje a análise da proposta em plenário. A ideia é ampliar o debate.

Entretanto, a previsão é de que a proposta retorne à pauta da Câmara Municipal amanhã quando os vereadores iniciarão os debates para votar a matéria. l

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