Oposição com razão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

Deputados estaduais que pertencem ao grupo de oposição, nos últimos três anos, alertaram o governador Flávio Dino (PCdoB) sobre práticas corruptas na Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O sinal de alerta de Andrea Murad (PMDB), talvez, tenha sido o mais específico de todos. A parlamentar alertou, em discurso na Assembleia Legislativa, para o problema de o governador manter Luiz Júnior nos quadros da gestão comunista.
A peemedebista lembrou que Luiz Júnior é ficha suja por ter cometido atos irregulares quando trabalho na Prefeitura de Coroatá. Erros que por sinal levaram Júnior a ser condenado e proibido de exercer cargo público.
Dino deu de ombros e nomeou o homem que é tido pela PF como o braço direito de Rosângela Curado no esquema de desvio de verba da Saúde no Maranhão.
Com as investigações da PF avançando e mostrando que Luiz Júnior operava usando sua empresa, Brasil Hosp, para desviar dinheiro com Mariano de Castro, fica claro que a razão estava com a deputada da oposição, mas que por não dizer amém para o governador comunista, não teve seu alerta levado em consideração.

Continua chefe
A Justiça Federal determinou a prisão preventiva de Mariano de Castro, que era o braço direito de Rosângela Curado no esquema de desvio de dinheiro da Saúde.
Acontece que mesmo após a Operação Pegadores, Mariano de Castro não perdeu o cargo que tem na Prefeitura de Coroatá.
Ele ainda é o chefe do Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) na gestão de Luiz da Amovelar Filho. Essa é a primeira vez que um preso exerce um cargo público.

Pré-candidatura
O ex-juiz Márlon Reis, que ficou conhecido nacionalmente por ser um dos autores da Lei da Ficha Limpa, lançou sua pré-candidatura ao governo de Tocantins.
O ex-magistrado atuava no Maranhão e após deixar a toga se aproximou da deputada federal Eliziane Gama (PPS).
Reis é filiado à Rede Sustentabilidade, partido da ex-ministra Marina Silva, e entrará em uma disputa eleitoral como candidato pela primeira vez desde que deixou a magistratura.

Polêmica
O projeto de lei “Escola sem partido”, do vereador Chico Carvalho (PSL), criou uma grande polêmica dentro do PCdoB.
O motivo é que o relator da proposta na Comissão de Educação da Câmara Municipal é o vereador comunista Ricardo Diniz.
Como o tema é um dos combatidos pelo PCdoB em âmbito nacional, a decisão de dar parecer favorável à matéria em São Luís deixou os camaradas irritados com Diniz.

Apoio
O Sindicato de Jornalistas do Maranhão emitiu nota com manifestação de apoio ao jornalista Marco Aurélio D’Eça, editor de Política de O Estado.
Motivo foi a condenação em decorrência de uma ação penal impetrada pelo desembargador Ney Bello Filho, por reportagem publicada no blog pessoal do jornalista.
Para a entidade, a condenação é uma medida abusiva e uma agressão à liberdade de expressão feita por meio da intimidação.
Sem explicação
O secretário de Comunicação e homem forte de Flávio Dino, Márcio Jerry, usou as redes sociais para alegar que mentiras são escritas sobre ele. Mas o comunista não fala quais as mentiras.
Talvez não cite porque o que vem sendo tratado a respeito de Jerry é a citação do nome dele em diálogo interceptado com autorização judicial.
A citação feita por uma das investigadas diz que tanto Márcio Jerry quanto o então secretário Estadual de Saúde, Marcos Pacheco, sabiam da existência de fantasmas na SES.

Provocação?
Pelas bandas do Palácio dos Leões, a foto publicada em uma rede social pelo ex-ministro Edson Vidigal soou como um deboche aos comunistas.
Com um copo de sorvete nas mãos, Vidigal declarou: “Adoro sorvete”. Como o ex-ministro é conhecido pelas suas provocações, o grupo de Flávio Dino não gostou da piada.
Vale lembrar que Edson Vidigal é um dos padrinhos políticos de Dino quando este foi para a disputa por uma das vagas na Câmara dos Deputados.

DE OLHO

R$ 1,2 milhão é o valor do contrato da Sedel com empresa para o fornecimento de material esportivo até o dia 31 de dezembro deste ano.

E MAIS

• O deputado Weverton Rocha está avaliando os problemas que poderá enfrentar após a descoberta do esquema de desvio de verba chefiado pela sua aliada, Rosângela Curado.

• O governador Flávio Dino decidiu tentar deixar cair no esquecimento da operação da Polícia Federal o envolvimento de funcionários de sua gestão em um esquema de corrupção.

• Dino não mais falou a respeito da operação, usou a mídia aliada ao seu projeto de poder para divulgar a condenação de um jornalista e postou somente atos políticos seus durante o fim de semana.

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