Violência

Presidente egípcio promete ''resposta brutal'' a agressores

Homens usaram armas de fogo e bombas para atacar a mesquita Al-Rawdah; além dos mortos, 125 pessoas ficaram feridas;sexta-feira é dia sagrado para os muçulmanos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Ataque terrorista na mesquita de Al-Rawdah, na Península do Sinai
Ataque terrorista na mesquita de Al-Rawdah, na Península do Sinai ( Ataque terrorista na mesquita de Al-Rawdah, na Península do Sinai)

CAIRO - Homens atacaram com bombas e armas de fogo a mesquita Al-Rawda, na península do Sinai, no Egito, na sexta-feira, 24, deixando pelo menos 235 mortos, segundo a agência Reuters, citando a TV estatal. Outras 125 pessoas ficaram feridas.

Quatro agressores chegaram de carro ao local, onde os fiéis faziam as tradicionais orações de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos. A mesquita fica na localidade de Bir al-Abed, a cerca de 40 km a oeste de Arish, a principal cidade do norte do Sinai.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, prometeu uma "resposta brutal" aos agressores em um pronunciamento na TV. "As Forças Armadas e a polícia vingarão nossos mártires e nos devolverão a segurança e a estabilidade com força em muito pouco tempo", disse o presidente Sisi em um pronunciamento na TV.

Al Sisi convocou uma reunião de segurança de emergência logo após o ataque. O porta-voz do Ministério da Saúde do Egito, Khalid Mujahid, afirmou à TV Masriya que o governo trata o incidente como um ataque terrorista. O governo declarou luto nacional de três dias.

A região é constantemente atacada pelo Estado Islâmico (EI), mas, até o momento, nenhum grupo reivindicou a ação.

A CNN afirma que os terroristas provocaram ao menos duas explosões e, posteriormente, começaram a disparar.

"Eles estavam atirando nas pessoas enquanto elas saíam da mesquita", disse à Reuters um homem cujos parentes estavam no local. "Eles também atiravam nas ambulâncias", contou.

De acordo com a agência Efe, que ouviu uma fonte do serviço de segurança do país, ambulâncias chegaram rapidamente ao local. Os feridos foram transferidos para diferentes hospitais em Al Arish e outros para o Hospital Instituto Nasser, no Cairo, segundo a fonte da Efe. As forças de segurança egípcias estão à procura dos terroristas.

Fontes da emissora Arabiya, citadas pela Reuters, disseram que alguns dos fiéis que frequentavam a mesquita eram adeptos do sufismo, vertente considerada pelo EI como apóstata, por fazer reverência a santos e santuários.

O presidente norte-americano Donald Trump condenou o "horrível e covarde" ataque. "O mundo não pode tolerar o terrorismo, devemos derrotá-los militarmente e desacreditar a ideologia extremista que forma as bases de sua existência", afirmou Trump, no Twitter.

Estado Islâmico

As forças de segurança do Egito estão lutando contra o EI no norte do Sinai, onde extremistas já mataram centenas de policiais e soldados desde que se intensificaram os confrontos nos últimos três anos.

Em abril deste ano, o EI provocou explosões em duas igrejas cristãs coptas, deixando 44 mortos e mais de 100 feridos. O primeiro alvo foi um templo em Tanta, a quinta maior cidade do país, seguido de um ataque em Alexandria, a segunda mais populosa cidade egípcia.

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