Em Brasília

Joesley Batista irá depor em duas CPIs

Proprietário da empresa J&F irá à CPMI da JBS e também prestará depoimento na CPI do BNDES

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Senador maranhense Roberto Rocha é relator na CPI do BNDES
Senador maranhense Roberto Rocha é relator na CPI do BNDES (CPI JBS)

brasília

O empresário Joesley Batista, dono da empresa J&F, foi convocado para depor em duas comissões parlamentares de inquérito na próxima terça-feira, 28, às 9h. Preso desde setembro por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Batista deve falar a senadores e deputados da CPI do BNDES e da CPMI da JBS.
Joesley e o irmão Wesley, também preso, teriam mentido e omitido informações no acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República. O ministro do Luiz Edson Fachin, do STF, suspendeu os benefícios do acordo.
Em ofício encaminhado à CPI da JBS na última quarta-feira, 22, os advogados de Joesley Batista indicam que ele deve permanecer calado durante a reunião. Os defensores do empresário lembram que outras três pessoas convocadas para depor à comissão já ficaram em silêncio: Wesley Batista, o advogado Francisco de Assis e Silva e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud.
“O exercício do direito ao silêncio é a clara posição a ser tomada diante da atual situação jurídica dos acordos de colaboração premiada. A decisão de manter a oitiva do ora requerente poderá acarretar elevados e desnecessários gastos públicos pela quarta vez”, argumentam os advogados de Joesley Batista.

Calado
Quem também foi convocado para a CPI da JBS foi o ex-procurador Marcello Miller. Mas ele terá o direito de ficar calado, segundo decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes
A decisão do ministro reconhece a condição de investigado de Miller e, com base nisto, lhe permite o direito de calar sobre temas que possam incriminá-lo. Por outro lado, Mendes diz que o depoente deve falar sobre temas que não o auto incriminem.
Miller é suspeito de ter dado orientação à delação de executivos do Grupo J&F enquanto ainda era procurador, em atitude que representaria jogo duplo. A CPMI chegou a determinar a quebra de dados dele, como destacado por Mendes. l

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