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Envolvimento de Curado em esquema cria problema a Dino

Ex-secretária de Estado da Saúde era considerada como um dos principais nomes alinhados ao Palácio dos Leões na Região Tocantina

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Rosangela Curado é aliada e próxima de Flávio Dino
Rosangela Curado é aliada e próxima de Flávio Dino (Rosângela Curado)

O envolvimento da ex-secretária adjunto de Saúde e suplente de deputado federal, Rosângela Curado (PDT), em esquemas de desvio de dinheiro público na Saúde, provocaram constrangimento político ao governador Flávio Dino (PCdoB).

Curado foi presa pela Polícia Federal no bojo da Operação Lava Jato, sob a acusação de corrupção passiva, desvio de recursos públicos, crime de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No pleito de 2016, foi a candidata a prefeita, da cidade de Imperatriz, apoiada pelo Palácio dos Leões, e consolidou-se como o nome de maior destaque do PDT na Região Tocantina.

Além de ter assumido vaga de suplente na Câmara Federal – na ocasião da licença de Weverton Rocha (PDT) -, a pedetista atuava com proximidade a Flávio Dino.

A prisão de Curado, contudo, com a acusação da Polícia Federal de se tratar de uma das articuladoras de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 18 milhões dos cofres públicos, manchou curta trajetória política da aliada do Palácio.

Soltura – Rosângela Curado ficou presa até a última quarta-feira, quando o desembargador federal Ney Bello acatou um pedido de habeas corpus ingressado pela defesa da pedetista, e a concedeu liberdade.

No despacho, o magistrado criticou o que considerou “desnecessário espetáculo das prisões”.

Para ele, a pedetista não poderia ter sido presa em 2017 – e depois mantida presa por mais cinco dias – em virtude de crimes supostamente cometidos em 2015.

A PF acusa Rosângela Curado de ter cometido crimes de 2015 a 2017, e investiga possível “autorização” do Palácio dos Leões para que ela comandasse uma unidade de Saúde de Imperatriz, mesmo sem exercer cargo público.

A revelação foi feita pela juíza federal Paula Sousa Moraes, da 1ª Vara Criminal, no Maranhão. .

“De acordo com trechos colacionados, há informações sobre funcionária fantasma amante de Mariano, pagamento de propina, superfaturamento contratos da Emsher [Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares], empresa de exames laboratoriais de fachada que recebe sem realizar os respectivos serviços e menção a suposta autorização do Palácio à Rosângela Curado, para que ela ficasse responsável pela AME/CEMESP Imperatriz, informação confirmada por Antônio Aragão em depoimento”, destaca a juíza.

O Governo nega que Curado tenha atuado como administradora da unidade.

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