Busca

Submarino desaparecido está em fase "crítica" de oxigênio

O capitão Enrique Balbi, porta-voz da força naval, disse que a situação começa a se complicar a partir de hoje, 23; ele não descarta que o submarino tenha conseguido sair da imersão, por isso continuam na "fase de busca e resgate"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Capitão Enrique Balbi fala sobre os trabalhos de busca ao submarino desaparecido há uma semana
Capitão Enrique Balbi fala sobre os trabalhos de busca ao submarino desaparecido há uma semana ( Capitão Enrique Balbi fala sobre os trabalhos de busca ao submarino desaparecido há uma semana)

BUENOS AIRES - A Marinha da Argentina advertiu ontem que o submarino desaparecido há uma semana com 44 pessoas a bordo entrou em uma fase "crítica" quanto à disponibilidade de oxigênio e informou que, por enquanto, não foi estabelecido "nenhum tipo de contato" com a embarcação.

Em entrevista coletiva, o capitão Enrique Balbi, porta-voz da força naval, revelou que na terça-feira,21, à tarde um navio americano tinha avistado dois sinalizadores brancos e um laranja na área de busca do ARA San Juan, por isso foram enviadas outras três unidades marítimas e uma aeronave.

No entanto, após rastrear a área de forma acústica com sonares e com imagens térmicas em infravermelho, além de um "detector de anomalias magnéticas", foi comprovado que não há "nenhum tipo" de indício para comprovar que os artefatos foram lançados do submarino.

"Estamos na parte crítica em relação ao oxigênio, supondo que não tem capacidade de chegar a superfície e poder renová-lo", afirmou Balbi, que insistiu que não se descarta que o submarino tenha conseguido sair da imersão, por isso continuam na "fase de busca e resgate".

O porta-voz da Marinha disse que ontem, quando se completou uma semana desde que o ARA San Juan se comunicou pela última vez, é "um dia ótimo" para a exploração aérea e marítima graças à melhora das condições climáticas, embora amanhã,23, a situação "comece a se complicar novamente".

"Não posso fazer conjecturas, não temos indícios", afirmou Balbi, antes de insistir que está sendo feito um esforço "humanamente muito grande" e com a "mais alta tecnologia" de países estrangeiros. Ele isso pediu às famílias dos 44 tripulantes que mantenham a esperança.

Além de cerca de 20 equipes marítimas e aéreas nacionais, colaboram na operação com meios materiais e humanos países de todo o mundo, como Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, França e Espanha.

O último paradeiro conhecido do submarino foi área do Golfo San Jorge, na Patagônia, a 432 quilômetros do litoral, onde a embarcação seguia seu caminho desde a base naval da província de Ushuaia a Mar del Plata, no sul de Buenos Aires, aonde deveria ter chegado na segunda-feira,20.

Cobrança

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, cobrou explicações do comando militar sobre o submarino ARA San Juan, que desapareceu no Atlântico Sul, segundo informou o jornal “La Nación”. Ontem, dia em que completam sete dias do último contato da embarcação, há sinais de um crescente pessimismo.

Preocupado com a falta de novidades, o presidente argentino reuniu-se com o ministro da Defesa, Oscar Aguad, na tarde de terça, e pediu aos responsáveis pelas buscas que “utilizem todos os meios disponíveis para localizá-lo”, segundo relato do porta-voz militar, o capitão Enrique Balbi.

De acordo com a Marinha argentina, 4 mil pessoas estão envolvidas nas operações que mobilizam navios, aviões argentinos e de sete países, entre eles, os Estados Unidos.

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