Debate

Para se entender melhor

Palestra com o psicanalista Alberto Saúl aponta motivos pelos quais buscar orientação de um profissional da área pode ser considerado um auxílio na hora de lidar com as dificuldades do dia a dia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

SÃO LUÍS-

Nos últimos anos tem se observado a crescente demanda por esses profissionais que, de algum modo, orientam seus pacientes a lidar com questões que incomodam, com suas emoções e conflitos. Segundo o psicanalista Alberto Saúl, que ministrará a palestra “Usos possíveis para se servir de um psicanalista”, amanhã, às 18h, na UNDB, em São Luís, recorrer a esse profissional é buscar uma vida mais satisfatória. Saúl compara o psicanalista a um canivete suíço, cheio de funções e utilidades.

“Como um canivete, o analista é para todos os usos. Capaz de receber emergências, com ou sem consulta, na rua, sem tempo ou quadro, sabendo às vezes que ele tem apenas um único encontro na vida do sujeito. Em qualquer condição, não nega sua presença ou sua audiência. Aberto a todas as demandas, o psicanalista deve decifrar o que pulsa sob o que é reivindicado”, explica.

Contudo, muitos ainda acreditam que frequentar o consultório de um psicólogo ou psicanalista é algo para loucos ou com graves distúrbios patológicos. Ledo engano. Assim como um médico trata do problema físico, o psicanalista trata do problema psicológico. As dores emocionais, que provocam no corpo físico sintomas dolorosos.

Angústias, medos, ansiedades, os problemas de relacionamento, que desencadeiam as depressões e tantas outras dificuldades e inquietações que dificultam ou, até mesmo, impedem o desenvolvimento saudável da vida da pessoa que sofre por não saber lidar com elas. “O que torna a psicanálise legítima é o desconforto que a pessoa sente consigo mesma. Às vezes, esse desconforto, que pode ser leve ou muito intenso, é atribuído a outros ou simplesmente às circunstâncias objetivas da vida”, explica Saúl.

O psicanalista ressalta que não é necessário ser claro sobre a origem do sofrimento para decidir se a consulta é relevante ou não. Isso ocorre porque o assunto simplesmente mascara ou disfarça o que ele não gosta de saber. A versão que cada um faz do seu próprio sofrimento é feita com base no que é rejeitado de si mesmo.

Desta forma, o psicanalista vai escutá-lo e ajudá-lo a identificar suas dificuldades e necessidades, a refletir a respeito delas e de suas causas criando meios para tratar estes conflitos, gerando, assim modificações positivas em sua vida. E quanto antes se busca a ajuda do profissional, mas cedo os resultados aparecem.

Seminário

Além da palestra, Alberto Saúl também será um dos conferencistas do Seminário “O sintoma como ponto fixo – de Freud a Lacan”, que ocorrerá sábado, dia 25, a partir das 9h, na Universidade Dom Bosco (UNDB), no Renascença II. O seminário integra as atividades realizadas pela OrLa - Centro Psicanalítico do Maranhão. As inscrições podem ser feitas no local. Mais informações pelo e-mail centropsicanaliticool@gmail.com ou pelo telefone (98) 99141-5163.

Serviço

O quê

Palestra Usos possíveis para se servir de um psicanalista

Quando

Amanhã, às 18h

Onde

UNDB (Renascença II)

Entrada gratuita

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