Contas Regionais

PIB registrou queda de 4,1% no 1º ano do governo Dino

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), correspondentes às Contas Regionais 2015, o PIB per capita maranhense, no valor de R$ 11.366,23, foi o menor no país no período

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
(PIB)

SÃO LUÍS - O Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão registrou queda de 4,1% em 2015, primeiro ano do governo Flávio Dino, segundo dados das Contas Regionais, divulgados na quinta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2014, o PIB do estado havia registrado crescimento de 3,9%.
Outro dado negativo para o estado é que em 2015, o PIB per capita, no valor de R$ 11.366,23, foi o menor no país, colocando o Maranhão na última posição relativa no ranking nacional. O maior foi o Distrito Federal, no valor de R$ 73.971,05.

O Maranhão, cujo PIB correspondeu a R$ 78,475 bilhões em moeda corrente em 2015, ficou entre os nove estados que registram queda acima da média do Brasil (-3,5%). O estado do Amapá teve o maior recuo no país (-5,5%), seguido do Amazonas (-5,4%), Rio Grande do Sul (-4,6%), Goiás e Minas Gerais (-4,3%), Santa Catarina e Pernambuco (-4,2) e São Paulo (-4,1%).

De acordo com as informações levantadas pelo IBGE, com esse valor de R$ 78,475 bilhões a participação do Maranhão no PIB nacional corresponde a 1,3% mantendo, além do que o estado mantém-se na 17ª posição no país.

Os números do PIB vêm se somar a outros resultados negativos verificados no Maranhão em 2015, a exemplo do emprego formal (com carteira assinada), que pela primeira vez em 12 anos (de 2003 a 2014 sempre teve saldo positivo) registrou déficit. Naquele ano, o estado perdeu 16.489 empregos celetistas, redução de 3,36%.

Série histórica

Em 2015, pela primeira vez na série histórica iniciada em 2002, houve queda no volume do PIB de todas as unidades da federação, com Mato Grosso do Sul (-0,3%), Roraima (-0,3%) e Tocantins (-0,4%) com os melhores resultados.

Os cinco estados com maior participação no PIB do país em 2015 - São Paulo (32,4%), Rio de Janeiro (11,0%), Minas Gerais (8,7%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (6,3%) - concentravam 64,7% da economia brasileira, 0,2 p.p. menos que em 2014. Essa redução deveu-se, sobretudo, a Rio de Janeiro e Minas Gerais, que registraram queda neste aspecto.

As outras 22 unidades da federação, que representavam 31,9% do PIB nacional em 2002, passaram a somar 35,3% em 2015. Ainda que tenham mantido o patamar de 2014, com 4,2% e 1,8%, respectivamente, Santa Catarina e Mato Grosso foram os que mais aumentaram suas participações ao longo da série, com 0,5 p.p. cada um.
No geral, o Paraná foi o estado que ganhou mais participação entre 2014 e 2015, com 0,3 p.p., seguido por Bahia, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul, com 0,2 p.p. cada um. Neste ano, a unidade da federação que mais perdeu neste aspecto foi o Rio de Janeiro, com -0,6 p.p.

Tocantins

Na série entre 2002 e 2015, o PIB em volume do Brasil cresceu a uma média de 2,9% ao ano (a.a.). O estado que mais cresceu foi Tocantins, com média de 6,0% a.a., seguido por Mato Grosso com 5,5% e Piauí com 4,8% a.a..

Em Tocantins, o destaque neste período foi a indústria, que teve aumento de 7,2% a.a.. Em Mato Grosso, a variação foi impulsionada pelo setor agropecuário, que cresceu 8,5% a.a., acompanhando o desenvolvimento do cultivo de soja no estado. No Piauí, a maior variação ocorreu na indústria, que cresceu 7,0% a.a. entre 2002 e 2015.

A exemplo do Tocantins, todos os estados da região Norte tiveram variação em volume do PIB maior que a média nacional. Seguida da região Norte, com variação de 4,3% a.a., está a Região Centro Oeste com 4,1% a.a., com destaque para o desempenho do Mato Grosso.

A queda de 3,5% do PIB brasileiro em 2015 foi a segunda variação negativa na série, uma vez que a taxa foi de -0,1% em 2009, ano posterior a crise econômica que afetou diversos países. Além de ter sido a maior queda em volume da série, 2015 foi o primeiro ano em que todas as unidades federativas registraram queda.

A Região Sul teve o menor crescimento em volume de PIB ao longo da série (2,4% a.a.) e também foi a região com a maior queda entre 2014 e 2015: -4,1%. Tal resultado foi influenciado pelo desempenho do Rio Grande do Sul, que recuou entre 2002 e 2015 em atividades relevantes como Indústrias de Transformação, com queda de 0,5% a.a. e outras atividades de serviços com redução de 0,9% a.a..

Mais

Remuneração dos empregados

Em 2015, sob a ótica da renda, a remuneração dos empregados foi responsável por 44,6% do PIB do país, aumento de 1,1 ponto percentual em relação a 2014. O Nordeste é onde essa remuneração tem a maior participação no PIB regional (47,8%), com o Centro-Oeste (46,2%) a seguir. Nesta região, o Distrito Federal, que concentra a maior parte da administração pública federal, tem a terceira maior participação da remuneração dos empregados (56,0%) no PIB.

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