PF nega qualquer envolvimento de membros da gestão passada em esquema
Durante entrevista coletiva, PF negou que esquema que desviou mais de R$ 18 milhões da SES teve participação do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad
Ao contrário do que divulgou oficialmente o Governo do Estado por meio de nota, a Polícia Federal informou não haver qualquer participação do ex-secretário de Saúde da gestão passada, Ricardo Murad.
Em nota oficial, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que os fatos teriam origem no modelo da gestão passada de gestão da Saúde.
"Os fatos têm origem no modelo anterior de prestação de serviços de saúde, todo baseado na contratação de entidades privadas, com natureza jurídica de Organizações Sociais, vigente desde governos passados", disse a nota.
No entanto, ao contrário disso, o delegado responsável pela Operação Pegadores, Wedson Cajé, afirmou que o esquema que desviou mais de R$ 18 milhões da saúde no Maranhão teve início no governo Flávio Dino.
Outro ponto da nota do governo já desmentido pela PF é a existência de servidores fantasmas. Segundo o delegado, foram encontrados mais de 400 funcionários que recebiam salários altos, mas não prestavam serviços nas unidades de saúde que estavam lotados.
O governo estadual nega conhecer o fato. "Desconhecemos a existência de pessoas contratadas por Organizações Sociais que não trabalhavam em hospitais e somos totalmente contrários a essa prática, caso realmente existente", diz a nota oficial.
Outro fato que a PF revelou que mostra erro na nota da SES é a quantidade de servidores envolvidos no esquema que ainda prestam serviços na secretaria. Segundo o governo, somente um funcionário. No entanto, a PF confirmou a existência de dois servidores.
Com tantos desencontros de informações dadas pela SEs, o ideal é a emissão de nova nota oficial.
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