Editorial

Um panorama da saúde pública

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

A segunda edição do Future Health Index (Índice Futuro de Saúde), uma pesquisa publicada pela empresa Royal Philips - líder global em tecnologia de saúde - e divulgada nesta segunda-feira, 13, confirma o que é visto e ouvido quanto ao sistema de saúde no Brasil. Um em cada grupo de cinco brasileiros acredita que o sistema de saúde atende às necessidades da população. Tendência que está significativamente abaixo da média dos 19 países dos outros mercados pesquisados no estudo.

Assim, de acordo com o levantamento, o sistema de saúde no Brasil é percebido como frágil, com somente 20% da população em geral concordando que os cuidados com a saúde disponíveis para eles atendem às suas necessidades. Além disso, só 8% dos profissionais de cuidados com a saúde concordam que o sistema de saúde atende às necessidades da população.

A falta de acesso aos cuidados com a saúde, uma das principais questões destacadas no estudo do ano passado, ainda persiste. O índice do Brasil em 2017 foi o mais baixo entre os 19 países pesquisados (45,4%).

Já quanto às percepções sobre a integração do sistema de cuidados com a saúde, embora superiores à média global (média de 55,3% no Brasil frente a 54,9% de média para os 19 países), a da realidade fica bem abaixo da média global (8,7% contra 24,1%). Como possível explicação para essa pontuação é o baixo investimento (em percentagem do PIB) em TI, serviços, software e conectividade nos cuidados com a saúde, em comparação com os outros países pesquisados.

Em termos de adoção de tecnologia, as realidades entre a população em geral e os profissionais da saúde estão abaixo da média dos 19 países (53,7 em comparação com 57,8, respectivamente), o que indica a necessidade de maior investimento em tecnologia para o setor de cuidados com a saúde.

Segundo a pesquisa, 52% dos profissionais dos cuidados com a saúde no Brasil relatam usar alguma forma de tecnologias de cuidados conectados em sua prática, e concordam com a população em geral sobre o poder dessas tecnologias para melhorar o tratamento de problemas médicos (92% e 81%, respectivamente), e a saúde geral da população (89% e 80%, respectivamente).

Como contraponto, apenas 21% dos brasileiros sentem-se bem informados sobre as tecnologias de cuidados conectados, sugerindo inseguranças entre os usuários finais e a necessidade de mais educação. Vale destacar que o estudo pesquisou mais de 33 mil pessoas, de 19 países, sobre suas percepções em relação a se os sistemas de saúde estão prontos para enfrentar os desafios de saúde globais de longo prazo por meio do acesso a cuidados, adoção de tecnologia de cuidados conectados e integração do sistema de cuidados da saúde.

O cidadão, que paga seus impostos e convive com essa realidade, espera que esses números possam ser usados para transformar o cenário da saúde pública em todos os aspectos.

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