Ninho

Alckmin também poderá disputar a presidência do PSDB

Governador de São Paulo não descarta a possibilidade de assumir o comando nacional do ninho tucano que também tem Tasso Jereissati na disputa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
O governador Geraldo alckmin e o senador Tasso Jereissati disputarão a direção nacional do PSDB
O governador Geraldo alckmin e o senador Tasso Jereissati disputarão a direção nacional do PSDB (Geraldo Alckmin)

São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não descartou a possibilidade de assumir a presidência do PSDB, após negar esse cenário de forma contundente nos últimos dias.
Com a destituição do senador Tasso Jereissati (CE) do comando interino da sigla, na última quinta-feira, dia 9, o nome do governador foi levantado por tucanos importantes, como o ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Temos dois pré-candidatos. Vamos aguardar. Essa é uma decisão coletiva do Brasil inteiro", disse Alckmin.
Além de Tasso, que se declarou candidato na última quarta, 8, o governador de Goiás, Marconi Perillo, também afirmou que vai concorrer à presidência do PSDB, que será escolhida em convenção do partido no dia 9 de dezembro.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ontem que defende Perillo para presidir a sigla, mas "se for necessário" que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin assuma o comando da sigla como terceira via "será bom para o partido".
"Se for necessário que o governador Geraldo Alckmin assuma a presidência do PSDB como um tercius será bom para o partido", disse o tucano. "Continuo apoiando Marconi Perillo para a presidência do PSDB."
Na semana passada, o senador Aécio Neves (MG), presidente afastado do partido, destituiu Tasso da presidência interina. A justificativa do mineiro é dar isonomia à escolha do próximo presidente do PSDB, em dezembro, uma vez que Tasso se candidatou ao cargo.
Com a saída de Tasso, assumiu, interinamente, o ex-governador Alberto Goldman. A disputa pelo comando da legenda levou à maior crise interna do PSDB.

“Ele não está ajudando em nada”, diz deputado sobre Aécio

O presidente do PSDB-SP, deputado Pedro Tobias, afirmou que seu colega de partido o senador Aécio Neves deveria "colocar o pijama e voltar pra casa". "Ele não está ajudando nada", disse a jornalistas durante a convenção estadual do partido na manhã de ontem, em São Paulo.

Tobias respondeu questões sobre a declaração de Aécio feita no sábado, dia 11, sobre o partido "sair pela porta da frente" do governo de Michel Temer (PMDB). Para ele, a entrada do PSDB no governo Temer foi errada e sair agora é tarde demais: "estrago foi enorme". Tobias disse que se o partido não desembarcar logo "pode comprar o caixão", afirmando que isso seria o fim dos tucanos.
Tobias reafirmou também seu apoio a Geraldo Alckmin como candidato à presidência em 2018 e disse que só
ele pode pacificar o PSDB.

No Maranhão, convenção do PSDB foi cancelada pelo novo presidente

O PSDB fez convenções estaduais ontem em vários estados brasileiros. No Maranhão, o encontro que estava agendado para ocorrer no sábado, 11, foi suspenso pelo atual presidente da legenda, senador Roberto Rocha, que alegou descumprimento do estatuto no edital que convocava a convenção tucana.
A informação do cancelamento foi feita em nota oficial emitida por Rocha. “Houve descumprimento das normas do Estatuto imprescindíveis para sua realização da convenção”. A previsão é de que no início de dezembro, o encontro estadual tucano deve ser realizado.
Roberto Rocha assumiu o comando do PSDB maranhense após o então presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati, anunciar intervenção no diretório estadual decidindo pela destituição do presidente da sigla, vice-governador Carlos Brandão.
O argumento dado por Tasso foi o de que o PSDB maranhense se tornou subserviente ao PCdoB.
“Vislumbro violação à integridade, disciplina, fidelidade e ética partidária, bem como percebo a necessidade de se garantir o exercício da democracia interna, prevista no art. 2º do Estatuto Partidário. De fato, o relato posto na inicial da Representação e os documentos apresentados, denotam uma submissão do PSDB no Maranhão aos caprichos do PCdoB no Estado, cujo maior expoente é o chefe do Poder Executivo local”, disse Jereissati no documento. l

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