Risco

Doenças crônicas, como asma, multiplicam os riscos de pneumonia

Com sistema imunológico fragilizado, esses pacientes são mais suscetíveis à infecção, que está entre as principais causas de internação e morte no país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
(asma)

SÃO PAULO - Condições clínicas comuns, como diabete, tabagismo, asma e doenças cardíacas, multiplicam os riscos de desenvolver pneumonia pneumocócica, uma das principais causas de internação e mortes em todo o mundo, inclusive no Brasil. “Esses pacientes apresentam o sistema imunológico enfraquecido e por isso são mais suscetíveis à doença. Além disso, a enfermidade se manifesta de forma mais grave nesse público”, afirma o pneumologista Mauro Gomes, membro da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Em diabéticos, por exemplo, o risco de desenvolver pneumonia pneumocócica é 4,6 vezes maior, em relação a indivíduos sem essa comorbidade1-3. Esse grupo apresenta um sistema imunológico mais vulnerável e, além disso, a pneumonia pode desestabilizar os níveis de glicose no sangue. Já nos pacientes cardíacos, o risco da pneumonia é 6,9 vezes maior na comparação com pacientes que não apresentam essa condição1-3.

Outro importante fator de risco associado à pneumonia é o tabagismo. Neste caso, os riscos de desenvolver a forma pneumocócica da doença quadruplicam em relação aos não fumantes4. Asmáticos representam outro grupo muito suscetível, nos quais os riscos de desenvolver a pneumonia são seis vezes superiores na comparação com adultos saudáveis5.

Os portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) formam outro grupo de risco para a doença, com uma probabilidade quase 17 vezes maior de desenvolver a enfermidade. Um estudo mostrou que pacientes com essa enfermidade tiveram duas vezes mais episódios recorrentes de pneumonia adquirida na comunidade e complicações cardíacas do que os indivíduos sem essa comorbidade1-3.

A doença

No Brasil, apenas no primeiro semestre de 2017, a pneumonia foi responsável pela internação de 296.564 pessoas em hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Ministério da Saúde. Embora bactérias, vírus e fungos possam provocar a doença, três em cada 10 casos estão relacionados à bactéria pneumococo6. E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os 15 países do mundo com maior incidência de quadros de pneumonia causados por esse agente7,8, uma doença que pode ser evitada por meio da vacinação.

Nesse contexto, o Dia Mundial de Combate à Pneumonia, comemorado em 12 de novembro, representa uma ocasião importante para o compartilhamento de informações que contribuam para o esclarecimento sobre a enfermidade e a possibilidade de prevenção dessa e de outras doenças pneumocócicas, durante o ano todo.

Entre as vacinas existentes está a Prevenar 13, da Pfizer, indicada para pessoas a partir de dois meses de idade. O imunizante oferece proteção contra a pneumonia causada pelos 13 sorotipos de pneumococo mais prevalentes em todo o mundo e no Brasil: 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F. Trata-se, também, da única vacina de longa duração licenciada no Brasil que oferece proteção contra o sorotipo 19A do pneumococo, uma linhagem resistente a antibióticos.

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