Eleições 2018

Partidos da base de Dino ainda estão indefinidos para a eleição de 2018

PPS, DEM, PP e PSB dependem de negociações com o PCdoB ou dos diretórios nacionais para definir se apoiarão ou não o projeto de reeleição do governador

Carla Lima/Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Juscelino e Eliziane esperam definição da chapa majoritáriade Flávio Dino e Fufuca não definiu destino do PP
Juscelino e Eliziane esperam definição da chapa majoritáriade Flávio Dino e Fufuca não definiu destino do PP (Juscelino Filho)

Carla Lima
Subeditora de Política

As pré-candidaturas ao governo do Maranhão já estão sendo definidas. Além de Flávio Dino (PCdoB) que se elegeu em 2014 com o projeto de reeleição já definido para 2018, já se anunciaram como certos para a disputa do próximo ano a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), Ricardo Murad (PRP), Maura Jorge (Pode), Roberto Rocha (PSDB) e Eduardo Braide (PMN).
Essas pré-candidaturas já anunciadas acabaram movimentando o tabuleiro político dos partidos que apoiam o governo comunista no Maranhão. Legendas como o PP, PPS e DEM ainda não fecharam questão quando ao apoio à reeleição de Flávio Dino no Maranhão.
A conjuntura nacional também faz com que as legendas dependam das direções nacionais para se definirem. E, em algumas situações, como do DEM, o espaço a ser dado ao partido na chapa majoritária também pesa muito na decisão do partido de apoiar ou não a candidatura de Dino a reeleição.
O DEM, por exemplo, negocia a vinda do deputado federal Zé Reinado (PSB) para seus quadros. Com esse nome, o partido espera abrir mais o leque para buscar espaços na base de apoio de Flávio Dino. A intenção do partido, antes de qualquer definição da direção nacional, é ter Zé Reinaldo no partido sendo ele candidato a senador.

Nacional
Para o presidente estadual do DEM, deputado federal Juscelino Filho, apesar de ser da base de apoio de Dino no Maranhão, a legenda ainda avalia qual rumo tomará em 2018.
“O diretório estadual do DEM ainda está avaliando qual rumo tomar nas eleições majoritárias 2018. O partido hoje tem o tamanho político no cenário estadual e nacional e tem interesse de ocupar um espaço na chapa majoritária no qual for compor para o próximo pleito, seja na vice ou uma das =vagas para o Senado”, disse Juscelino Filho.
E mesmo com a vinda de Zé Reinaldo – considerado aliado primeiro do governador - para o DEM sem a garantia de espaço para a sigla na chapa majoritária, não haverá apoio garantido dos democratas ao comunista.
Já sobre a postura a ser adotada pela direção nacional, o presidente do DEM no Maranhão garante que não influenciará na aliança estadual. “Tenho compromisso da direção nacional de referendar a decisão que o diretório estadual do partido tomar aqui independente das alianças nacionais”, afirmou Juscelino.
Pelo histórico do Democratas, essa relação nacional com o regional não é questão resolvida de forma tão simples como prega o presidente estadual.
Espaço na chapa majoritária, principalmente na vaga de Senado, também é um dos critérios do PPS para manter o apoio ao PCdoB no Maranhão. Por enquanto, mesmo sem qualquer definição nacional das legenda, os pepessistas negociam manter o apoio se a deputada Eliziane Gama, que presidente do PPS no Maranhão, for um das candidatas de Dino ao Senado.
“A tendência no Maranhão é fechar com Flávio Dino em 2018. Claro que isso passa pela conversa da composição da chapa majoritária para o Senado. Além disso, ainda há as definições nacionais. Mas estas não devem influenciar de forma decisiva os rumos do partido no estado”, disse Eliziane Gama.
Pelo que diz a presidente do PPS assim como disse Juscelino Filho, sem espaço na chapa majoritária, os partidos não deverão apoiar o projeto de reeleição de Dino.

A posição do PP

Quem ainda não definiu totalmente o apoio para 2018 a Flávio Dino é o PP. O partido, recentemente, garantiu espaço no governo assumindo a Secretaria Estadual de Esportes e Lazer. Substituindo o petista Márcio Jardim, Heverton Carlos Pereira comanda a pasta agora.
Mas esse espaço não garante o apoio total a Dino no próximo ano. Na época em que anunciado o novo secretário de Esportes, André Fufuca, presidente estadual do PP, falou à imprensa que apoio à reeleição de Flávio Dino “somente o tempo dirá”.

PTB já fechou apoio ao PCdoB
para 2018

Das legendas que receberam espaço na administração de Flávio Dino, somente o PTB já está com posição definida. Segundo o presidente estadual do partido, deputado federal Pedro Fernandes, o partido vai caminhar junto com o comunista na disputa da reeleição.
Para garantir o apoio do partido, inicialmente, a legenda recebeu o cargo da recém criada Agência Metropolitana. O espaço foi dado ao vereador de São Luís e filho de Pedro Fernandes, Pedro Lucas.

Apoio
Inicialmente, Pedro Fernandes disse que a Agência Metropolitana não definia o apoio do PTB ao projeto de reeleição de Flávio Dino. Meses depois, o discurso do petebista mudou. A O Estado, Fernandes disse que o partido já está fechado com o PCdoB no Maranhão independentemente da posição adotada pelo partido em nível nacional.
“O PTB do Maranhão vai com o PCdoB. O partido não tem candidato a presidente. Vai escolher um, de outro partido, isso não engessará os acordos estaduais”, disse Pedro Fernandes.

Posição do PSB no Maranhão deverá ser definida em março

A situação mais complicada entre os partidos da base de apoio de Flávio Dino é o PSB. Pela formação atual tanto da direção nacional quanto da estadual, os socialistas estão fechados com o comunista.
Acontece é que a configuração de agora pode mudar após a convenção nacional do partido, que deveria ter ocorrido em outubro, mas foi transferida para março deste ano.
Explica-se. O PSB nacional é disputado por dois grupos: um de São Paulo, comandado pelo vice-governador paulista, Márcio França, e um de Pernambuco, que tem Carlos Siqueira, atual presidente nacional, como homem de frente.
E dependendo do que se configurar nacionalmente, no Maranhão o PSB poderá deixar base de apoio de Flávio Dino e compor com o PSDB, que agora é do senador Roberto Rocha.
Esse é um compromisso assumido por Márcio França com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, um dos avalistas da volta de Rocha ao ninho tucano e entusiasta da candidatura dele ao governo do Maranhão.
Mas se o grupo de Pernambuco se mantiver a frente do diretório nacional, Flávio Dino conseguirá manter a legenda no hall de apoiadores para 2018. l

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