Protesto

Filósofa Judith Butler é agredida em aeroporto de São Paulo

Norte-americana embarcava em Congonhas na sexta-feira,10, quando foi perseguida por manifestante contrária à sua presença no Brasil; segundo a polícia, mulher que saiu em defesa de Butler levou um tapa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Judith Butler foi alvo de manifestações em São Paulo
Judith Butler foi alvo de manifestações em São Paulo ( Judith Butler foi alvo de manifestações em São Paulo)

SÃO PAULO - A filósofa norte-americana Judith Butler foi alvo de agressões verbais na manhã da sexta-feira,10, no aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, uma mulher que saiu em defesa de Butler levou um tapa.

De acordo com a delegada Fernanda Herbella, da Delegacia de Atendimento ao Turista do Aeroporto de Congonhas (Deatur), Butler embarcava no aeroporto ao lado de sua companheira quando foi perseguida por uma mulher que portava uma placa com os dizeres “Fora Judith”, e proferia xingamentos contra a filósofa.

Algumas pessoas que circulavam pelo terminal foram em defesa de Butler. Uma mulher levou um tapa e a outra foi xingada. A agressora e as duas vítimas foram conduzidas para a delegacia e o caso foi registrado como injúria.

A delegada afirma que no momento da agressão física, Butler já havia embarcado. As vítimas também eram passageiras e não quiseram prestar depoimento por conta do horário do voo. Elas têm até seis meses para procurar a polícia e dar prosseguimento no caso.

Protestos

Na terça-feira,7, grupos a favor e contra a realização da palestra da norte-americana Judith Butler em um seminário da Universidade de São Paulo (USP) protestaram ao mesmo tempo em frente ao Sesc Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo.

Butler é professora universitária e referência no estudo da teoria de gênero no mundo. Ela foi uma das palestrantes no seminário “Os Fins da Democracia”, organizado em conjunto pela USP e a Universidade de Berkeley, onde leciona nos Estados Unidos.

A presença da filósofa é críticada por adeptos do movimento "Escola Sem Partido", que contesta a chamada “doutrinação ideológica” nas salas de aula brasileiras. Por outro lado, Butler é apoiada por grupos de esquerda que falam em "liberdade de expressão".

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