Manifestação

Entidades sindicais realizam ato contra Reforma Trabalhista

Manifestação causou transtornos, com a paralisação de ônibus na Av. dos Portugueses

Robert W. Valporto / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

SÃO LUÍS - Várias entidades sindicais, partidos políticos e membros da sociedade civil organizada participaram de um ato nesta sexta-feira, 10, contra as reformas trabalhista e da previdência, apresentadas pelo Governo Federal. A reforma trabalhista começa valer a partir deste sábado, 11.

As manifestações começaram cedo, na área Itaqui Bacanga, quando manifestantes fecharam as duas pistas da Avenida dos Portugueses e queimaram pneus, impedindo que veículos trafegassem naquela área. Os rodoviários aderiram à greve e alguns ônibus pararam no local da manifestação.

Raimundo Pereira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Maranhão disse que esse foi um ato de protesto contra as reformas. “Estamos lutando contra essa tirada de direitos que tanto afetará a vida dos trabalhadores brasileiras. Nós resistiremos”, disse.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Isaias Castelo Branco, apoia a causa. “Nós estamos juntos nessa luta com todos os trabalhadores que são contrários às reformas desse governo do retrocesso”, confirmou.

Questionado sobre a multa que seria aplicada caso de os rodoviários pararem, Castelo Branco respondeu que essa é uma retaliação. “Nós já fomos multado outrora. Se não retirarem a multa, e nós estamos lutando na justiça por isso, voltaremos a parar a cidade de São Luís”, enfatizou.

Após liberarem a Avenida dos Portugueses, os manifestantes saíram em caminhada pelas avenidas daquela região. Na caminhada, os destaques ficaram para um caixão carregado pelos manifestantes e danças de tribos indígenas, que participavam do ato.

Frazão Oliveira, presidente da Força Sindical do Maranhão, explicou o porquê de usarem o caixão na manifestação. “Esse caixão significa a morte da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT)”, declarou.

João dos Santos, indígena da tribo Akroá-Gamella, contou o significado da dança que fizeram durante a manifestação é motivo de participarem dela. “Essa dança é um ritual que nos liberta, que faz a gente se sentir bem quando apresentamos ao público”, relatou.

SAIBA MAIS

Novas leis

Quatro meses após ser sancionada pelo presidente Michel Temer, entra em vigor hoje a nova lei trabalhista, que traz mudanças na CLT. As novas regras valerão para todos os contratos de trabalho vigentes, tanto antigos como novos, segundo o Ministério do Trabalho.

As alterações mexem em pontos como férias, jornada, remuneração e plano de carreira, além de implantar e regulamentar novas modalidades de trabalho, como o home office (trabalho remoto) e o trabalho intermitente (por período trabalhado).

Veja:

Manifestação contra reformas

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