Diplomacia

''China pode resolver problema da Coreia do Norte'', diz Trump

Visita do presidente americano a Pequim é marcada por tom amigável e reforço da cooperação com homólogo Xi Jinping; ambos concordam em aumentar pressão econômica sobre Pyongyang

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Xi Jinping e Trump em evento com empresários no Grande Salão do Povo
Xi Jinping e Trump em evento com empresários no Grande Salão do Povo ( Xi Jinping e Trump em evento com empresários no Grande Salão do Povo)

PEQUIM - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem em visita a Pequim, que a China poderia solucionar "fácil e rapidamente" a crise envolvendo o programa nuclear da Coreia do Norte.

Em visita marcada pelo tom amigável, Trump teceu elogios ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, ao pedir maior empenho ao lidar com a questão nuclear de Pyongyang.

"Uma coisa eu sei sobre o presidente [chinês]: quando trabalha em algo intensamente, consegue o que quer, não tenho dúvidas", disse o americano em reunião com executivos de grandes empresas chinesas.

O americano insistiu que todos os países devem se unir para evitar que o regime "assassino" do líder norte-coreano, Kim Jong-un, "ameace o mundo com as suas armas nucleares".

Ele fez um apelo à Rússia para que ajude a controlar a situação, que, segundo afirmou, pode ser "potencialmente muito trágica".

Trump disse que ele e Xi concordaram em "não repetir métodos que fracassaram no passado" ao lidar com o programa nuclear norte-coreano. Ambos também reforçaram a necessidade de implementar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e se comprometeram a "aumentar a pressão econômica até que a Coreia do Norte abandone esse caminho imprudente e perigoso".

Xi assegurou que Pequim e Washington devem buscar uma solução através do "diálogo pacífico", visando alcançar a "estabilidade no longo prazo" na Península da Coreia.

Cooperação

O líder chinês disse ao americano que a cooperação entre os dois países é "o único caminho correto" e que, com Trump, as relações bilaterais atingiram "um novo e histórico início".

"Acreditamos que as relações sino-americanas sejam uma questão de bem-estar para os povos dos dois países, assim como de paz, prosperidade e estabilidade no mundo", afirmou Xi.

"Meus sentimentos em relação a você são bastante calorosos", disse Trump ao homólogo chinês. "Temos uma química ótima, acho que vamos fazer coisas espetaculares pela China e pelos EUA", afirmou, ressaltando que a recepção que teve em Pequim foi "inesquecível".

A China assinou acordos de negócios com empresas americanas no valor de mais de 250 bilhões de dólares, que incluem a importação de chips, aviões, componentes para automóveis e soja dos EUA.

Os dois países concordaram em cooperar em projetos de exploração de gás natural no Alasca, avaliado em 43 bilhões de dólares, e de gás de xisto, com valor estimado em 83,7 bilhões de dólares.

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