Nomeação

Fernando Segóvia será o novo diretor-geral da PF

O ex-superintendente regional da Polícia Federal no Maranhão foi nomeado ontem pelo presidente Michel Temer; ele substituirá ao atual diretor-geral Leandro Daiello

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
O delegado Fernando Segóvia, que está há 22 anos na Polícia Federal, foi superintendente no MA
O delegado Fernando Segóvia, que está há 22 anos na Polícia Federal, foi superintendente no MA (O delegado Fernando Segóvia, que está há 22 anos na Polícia Federal, foi superintendente no MA)

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer nomeou o delegado Fernando Segóvia para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF). Segóvia vai substituir o atual diretor-geral, Leandro Daiello.

O anúncio foi feito por meio de nota do Ministério da Justiça na tarde de ontem, após Segóvia e o ministro da Justiça, Torquato Jardim, terem sido recebidos por Temer.

Formado em direito pela Universidade de Brasília, Segóvia está há 22 anos na PF. Foi superintendente regional da PF no Maranhão e adido policial na África do Sul. Em boa parte de sua carreira, exerceu funções de inteligência nas fronteiras do Brasil.

Leandro Daiello estava no cargo desde 2011, nomeado na gestão do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e já havia manifestado interesse em deixar o cargo. Na nota, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, faz um agradecimento pessoal e institucional a Daiello por sua “competente e admirável administração da Polícia Federal nos últimos seis anos e dez meses”.

O novo chefe da PF

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o subchefe de assuntos jurídicos da pasta e um dos principais conselheiros do presidente, Gustavo Rocha, fizeram campanha para que Segóvia assumisse o cargo.

O candidato apoiado por Daiello era é diretor-executivo da corporação Rogério Galloro. O nome dele chegou até a mesa do presidente Temer, mas enfrentou forte resistência da classe política que apoiava Segóvia.

Não é só o grupo de Daiello que vê a nomeação de Segóvia como um ato de grande influência política. Nos bastidores, a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) tem a mesma avaliação.

O novo diretor ganhou prestígio na instituição sobretudo no período em que comandou um dos setores responsáveis pela adequadão da PF ao Estatuto do Desarmanento. Na ocasião, Segóvia teve projeção fora dos quadros da instituição e estreitou laços com deputados e senadores de diferentes partidos.

A corporação está subordinada ao Ministério da Justiça. Por diversas vezes, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, deixou em aberto a possibilidade de trocar o comando da corporação. Ele chegou a admitir que haveria essa troca, mas em setembro afirmou que Daiello ficaria por tempo indeterminado. Ele já havia manifestado intenção de deixar o cargo.

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