Nossa opinião

A revolução do atraso

Espanta que o Maranhão tenha à frente de sua administração um governador de um partido comunista que segue a cartilha de um Estado opressivo, como o foram a União Soviética e seus satélites socialistas

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

O centenário da Revolução Russa, lembrado agora em outubro, ensejou, no mundo inteiro, novos debates e reflexões sobre uma das experiências políticas mais sanguinárias da história da humanidade.

O regime fundado por Lênin, em 1917, e seguido por Stalin, que implantou a primeira ditatura comunista, foi responsável pela prisão de mais de 5 milhões e pela morte de mais de 23 milhões de pessoas.

Com a criação do Partido Comunista e a imposição do pensamento único, Stalin comandou a União Soviética com um inédito sistema de repressão política dos opositores, que eram presos, torturados e obrigados a confessar crimes que não cometeram e depois assassinados. O Estado substituiu o livre mercado, a democracia e a religião. Foi uma era de terror que o próprio povo soviético encarregou-se de sepultar.

O que hoje espanta e causa perplexidade é que, conhecido o caráter autoritário dos regimes comunistas que vicejaram na ex-URSS e outros países, como a China de Mao; revelados os massacres de dezenas de milhões no mundo, pela fome e pela repressão, ainda existam políticos que seguem a cartilha de ideologia tão retrógrada.

Espanta que o Maranhão tenha à frente de sua administração um governador de um partido comunista que segue a cartilha de um Estado opressivo, como o foram a União Soviética e seus satélites socialistas, para enganar e controlar a sociedade.

Às vésperas de concluir o mandato, assumido com a promessa de uma revolução, o governador Flávio Dino parece orgulhar-se de ter adotado algumas táticas perversas do regime que desmoronou: a perseguição implacável aos adversários, o aparelhamento do Estado com os ideólogos e os oportunistas, a destruição da atividade produtiva com o desestímulo dos empreendedores, e a disseminação da mentira.

Sem obras autorais a apresentar; sem articulação nacional para viabilizar investimentos e solucionar os graves problemas do Estado; sem a confiança das classes dirigentes e da população, Dino revelou-se um dos governantes menos profícuos da história do Maranhão.

Com a cabeça ainda no século XIX, o maior símbolo do seu governo é a jaula construída para os presos da cadeia de Barra do Corda, geringonça que lembra as prisões de Stalin dos tempos do terror. Porque no mais – na educação, na saúde, na segurança pública etc, onde o Maranhão só conheceu retrocesso – ele nada tem a apresentar de revolucionário.

Felizmente, as eleições democráticas, banidas nos regimes totalitários, estão próximas, e o povo maranhense terá novamente a oportunidade de decidir os rumos do estado. A sensatez dirá: o Maranhão não aspira a ser nenhuma Coreia do Norte e nenhuma Cuba, e muito menos uma nova União Soviética.

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