Comportamento

Ronda Escolar atua para evitar bullying nas escolas de São Luís

Programa desenvolvido pela Polícia Militar tem atuado diariamente nas escolas públicas por meio de parceria e com o apoio dos pais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

SÃO LUÍS - Bullying, crianças, escola, tiros. A associação dessas palavras em cenário nacional chamou atenção de muitas pessoas nos últimos dias. Para combater esses problemas, a Polícia Militar do Maranhão, por meio do programa Ronda Escolar, têm atuado diariamente.

Um problema desses aconteceu no dia 20 de outubro na sala de aula do 8º ano de uma escola em Goiânia-GO. Os tiros foram disparados por um aluno da classe, de 14 anos, que sofria bullying, no intervalo entre duas aulas. Ele foi apreendido no mesmo dia e depois transferido da delegacia para um centro de interação.

Em São Luís, a Ronda Escolar tem atuado no sentido de prevenir que esses crimes venham a acontecer contra os jovens que, normalmente, são cometidos por estudantes.

Segundo a PM, a maioria de casos que exige a atuação da Ronda Escolar ocorre nas escolas de ensino fundamental, onde os estudantes têm, em média, entre 6 e 15 anos de idade.

Para combater isso, a Ronda Escolar faz visitas a escolas municipais e estaduais em parceria com as gestões escolares. Por meio de palestras, os estudantes são conscientizados dos perigos do bullying e suas consequências, conforme revela a tenente Bárbara Anirê Silva, coordenadora setorial da Ronda Escolar no Maranhão.

“Nós fazemos visitas constantemente nas escolas para conscientizar os estudantes dos perigos de atitudes erradas, como o bullying. Fazemos isso normalmente em parceria com a gestão escolar e o Conselho Tutelar”, relatou.

Bárbara Silva diz ainda que esse trabalho é importante com a parceria dos pais. “Nós atuamos nas escolas mas não podemos fazer esse trabalho sozinho. A escola é parceria, mas a família é fundamental, já que a educação dessas crianças e adolescentes vem de casa e não somente da escola”, enfatizou.

O Estado visitou o UE Prof. José Nascimento de Morais, em São Luís, para saber como a gestão da escolar tem atuado para combater esse tipo de problema. O diretor geral Francisco Pimentel disse que esse problema não é comum na unidade de ensino.

“A gente não tem tantos casos de problemas entre estudantes por conta do bullying. Mesmo assim, sempre visitamos as salas, conversamos com os alunos e com os pais para saber eles estão enfrentando algum tipo de dificuldade. Se a direção da escola e os professores colaborarem, muita coisa pode ser evitada”, concluiu Pimentel.

O que é bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão.

Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

“É uma das formas de violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ).

Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho.

O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade.

Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

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