Meio ambiente

Governo Federal trabalha para combater incêndios no Maranhão

Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou que brigadistas atuam diretamente em áreas indígenas atingidas no estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
Sarney Filho combate incêndios
Sarney Filho combate incêndios (Sarney Filho)

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), afirmou ao jornalista Roberto Fernandes, em entrevista concedida ao Programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, que o Governo Federal está atuando para combater incêndios em áreas de preservação ambiental no Maranhão.

Desde o mês passado, quando houve registrode forte queimada na terra indígena de Arariboia, o ministro determinou a atuação de brigadistas para a contenção das chamas. Somente naquela localidade, mais de 250 brigadistas trabalham de forma direta.

Numa região de maior abrangência, que além de Arariboia, inclui as áreas indígenas de Porquinho, Bacurizinho e Canelas, também há a atuação de brigadistas.

Um Centro de Comando também foi montado no município de Grajaú para dar apoio ao pessoal do Instituo Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio) e do Ibama.

O ministro Sarney Filho alertou para a situação climática do país e a seca na Região Nordeste.

“As condições climáticas são as piores da história. Este ano estamos enfrentando a maior seca do Nordeste e a maior saca do Serrado. E o problema acontece em todo o país. Em todo lugar está tendo problema de água. O aquecimento global trouxe mudanças significativas no regime de chuva em todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa mudança climática teve maior repercussão nos tornados, furacões. Aqui no Brasil tem sido no regime da chuva”, disse o ministro.

Sarney Filho afirmou que algumas capitais sofrem com o racionamento de água e afirmou que o Rio São Francisco corre o risco de morrer.

“Brasília, capital da República, já está com racionamento de água de dois dias. As grandes capitais do Nordeste já estão com o perigo de faltar água e o Rio Sã oFrancisco está com 5 quilômetro de água salgada invadindo o seu leito. Sintoma de morte de rio. É uma situação crítica”, completou.

Sarney Filho acrescentou que os rios e bacias do Maranhão também estão ameaçadas e afirmou que já desenvolveu projeto específico para a recuperação de nascentes e rios do Maranhão.

Atípico

Relatório de prevenção e combate a incêndios em unidades de conservação federais - de janeiro a outubro deste ano –, aponta o mês de outubro como atípico, em relação aos demais meses de 2017, com o registro de incêndios em várias áreas de preservação.

De acordo com o relatório, o elevado número de incêndios em todo o país tem a meteorologia como complicador. “Mas, a causa do fogo é humana e criminosa”, destaca trecho do relatório, elaborado pelo Instituto Chico Mendes.

“A prolongada estiagem que atinge todo o território brasileiro, associado à baixa umidade relativa do ar [abaixo de 30%] e as altas temperaturas [acima de 35ºC] são condições meteorológicas adversas que contribuem para incêndios de grandes extensões e difícil controle mesmo com grande volume de recursos (combatentes, aeronaves, equipamentos, etc)”, destaca outro trecho.

No comparativo apresentado em relatório pelo IMCbio, 2017, apesar dos elevados registros de incêndios, ainda apresenta menor contingente de área atingida pelo fogo.

Até o mês de outubro do ano passado, a área atingida por queimadas no país foi 1.170.654,30. Já este ano, a área foi de 1.092.177,03. O número deste ano é 6,70% menor.

Saiba Mais

Até a semana passada, cerca de 45%, ou 185 hectares, de um total de 415 mil hectares, já havia sido tomado pelo fogo em Arariboia, no estado. Os dados são do Cento Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). Mais de 250 brigadistas trabalham nas frentes de combate na região.

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